A gente queria cachorrinho, mas dentro de apartamento era complicado. Dá pena deixar o bichinho preso, etc. e tal. Fora as crises de bronquite e renite das madames.
Então tivemos pintinhos. Um pintinho e uma pintinha amarelinhos. Como qualquer pintinho que se preze, eles cresceram e como éramos muito pequenas pra ver o que acontece quando pintinhos crescem na área de serviço de um apartamento, acordamos um belo dia sem pintinhos e com strogonoff de frango para o almoço. Não estou insinuando nada, veja bem. Conservei a inocência da explicação em minha mente: eles foram morar numa fazenda. Mesmo porque seria meio esdrúxulo transformá-los em strogonoff na cozinha de um apartamento.
Tivemos peixinhos. Um laranja que fazia caca por todo o aquário, uns paulistinhas, neon-cardinal e outros sem nome, dos quais não me lembro. Foram parar no consultório do meu pai, acho. Não sei direito. Lembro de histórias de peixes cometendo suicídio, pulando do aquário, mas não sei se foi algum dos nossos.
Aí vieram os periquitos, dois casais, um verde e um azul. A periquita azul gostava do periquito verde e a verde do azul, mas o cara da loja insistiu para separarmos a gaiola com uma divisória de grade, deixando cada um com seu respectivo de mesma cor. Nada de adultério. Uma manhã, o verde está enforcado entre as grades e a azul cheia de jornal e elástico no biquinho, ambos mortos. O casal restante viveu feliz para sempre, e até hoje não sabemos se foi suicídio a la Romeu e Julieta ou assassinato, um crime passional.
Depois tivemos a Dot e o Jerry, um hamster branco e um cinza, respectivamente. Eram engraçadíssimos. A Dot adoeceu, e o Jerry ficou desesperado, gritava e clamava por ajuda. Uma coisa impressionante. Ela morreu e ele ainda viveu bastante tempo, para um hamster.
Agora temos namorados. E há infinitas histórias engraçadas sobre eles, porque namorados são como bichinhos de estimação falantes. Não dormem em gaiolas ou aquários, não viram strogonoff, não latem nem fazem sujeira no chão. Ou melhor, às vezes fazem. E soltam pêlos pela casa, também. Mordem quando contrariados e recusam-se a fazer os truques que lhes ensinamos diante de amigos. Tá certo, serei justa. Os nossos são bastante educados. Algumas vezes lavam a louça e as roupas. Isso somente quando querem ganhar algo da dona, ou quando estão perto de outros bichinhos melhor domesticados. Porque há donas que não sabem educar seus namorados, e eles acabam tornando-se péssima companhia - bichinhos-namorados são como crianças, imitam o que há de pior.
Acho que deve ser uma boa abrir um namo-shop, como aqueles pet-shops que cuidam do bichinho enquanto a dona sai com as amigas... Dão banho, cortam os pêlos que sobram, dão um trato especial e algum treinamento. E tem que ser comandado por mulheres muito feias e más, porque assim o bichinho fica feliz e abana o rabinho quando vê a dona. Pode até rolar um futebol durante a tarde, pra descarregar as energias, assim eles amansam.
Sei lá, pensei em tudo isso porque uma amiga sem namorado comprou um gato e ele tem sido sua melhor companhia, desde 3 namorados atrás - e seu comentário foi no mínimo engraçado. Daí viajei...
Então tivemos pintinhos. Um pintinho e uma pintinha amarelinhos. Como qualquer pintinho que se preze, eles cresceram e como éramos muito pequenas pra ver o que acontece quando pintinhos crescem na área de serviço de um apartamento, acordamos um belo dia sem pintinhos e com strogonoff de frango para o almoço. Não estou insinuando nada, veja bem. Conservei a inocência da explicação em minha mente: eles foram morar numa fazenda. Mesmo porque seria meio esdrúxulo transformá-los em strogonoff na cozinha de um apartamento.
Tivemos peixinhos. Um laranja que fazia caca por todo o aquário, uns paulistinhas, neon-cardinal e outros sem nome, dos quais não me lembro. Foram parar no consultório do meu pai, acho. Não sei direito. Lembro de histórias de peixes cometendo suicídio, pulando do aquário, mas não sei se foi algum dos nossos.
Aí vieram os periquitos, dois casais, um verde e um azul. A periquita azul gostava do periquito verde e a verde do azul, mas o cara da loja insistiu para separarmos a gaiola com uma divisória de grade, deixando cada um com seu respectivo de mesma cor. Nada de adultério. Uma manhã, o verde está enforcado entre as grades e a azul cheia de jornal e elástico no biquinho, ambos mortos. O casal restante viveu feliz para sempre, e até hoje não sabemos se foi suicídio a la Romeu e Julieta ou assassinato, um crime passional.
Depois tivemos a Dot e o Jerry, um hamster branco e um cinza, respectivamente. Eram engraçadíssimos. A Dot adoeceu, e o Jerry ficou desesperado, gritava e clamava por ajuda. Uma coisa impressionante. Ela morreu e ele ainda viveu bastante tempo, para um hamster.
Agora temos namorados. E há infinitas histórias engraçadas sobre eles, porque namorados são como bichinhos de estimação falantes. Não dormem em gaiolas ou aquários, não viram strogonoff, não latem nem fazem sujeira no chão. Ou melhor, às vezes fazem. E soltam pêlos pela casa, também. Mordem quando contrariados e recusam-se a fazer os truques que lhes ensinamos diante de amigos. Tá certo, serei justa. Os nossos são bastante educados. Algumas vezes lavam a louça e as roupas. Isso somente quando querem ganhar algo da dona, ou quando estão perto de outros bichinhos melhor domesticados. Porque há donas que não sabem educar seus namorados, e eles acabam tornando-se péssima companhia - bichinhos-namorados são como crianças, imitam o que há de pior.
Acho que deve ser uma boa abrir um namo-shop, como aqueles pet-shops que cuidam do bichinho enquanto a dona sai com as amigas... Dão banho, cortam os pêlos que sobram, dão um trato especial e algum treinamento. E tem que ser comandado por mulheres muito feias e más, porque assim o bichinho fica feliz e abana o rabinho quando vê a dona. Pode até rolar um futebol durante a tarde, pra descarregar as energias, assim eles amansam.
Sei lá, pensei em tudo isso porque uma amiga sem namorado comprou um gato e ele tem sido sua melhor companhia, desde 3 namorados atrás - e seu comentário foi no mínimo engraçado. Daí viajei...
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