quarta-feira, julho 26, 2006

Despierta - Pablo Cerda

Pobres hombres de ambición infinita,
no han logrado cosechar las flores,
en su búsqueda han quedado ciegos,
sólo pueden defender riquezas,
han quedado amarrados al estiércol,
ya ni saben cuánto van teniendo.

Pobres hombres, tan eterna angustia,
compran casas, coches, yates, lujos...
sienten en sus cuerpos tantos miedos,
sufren de delirios, de persecuciones.
Cambian seres vivos por lingotes,
creen que el brillo de oro es su salvación.

Pobres hombres necios, inhumanos,
¡sus ojos son ciegos, no ven nada!
para ellos no hay luna ni estrellas,
ni caricias tersas ni nostalgia.
Es por esos hombres que se acaba
un planeta, que lo tiene todo,
que nos dio la vida y la sangre,
los mares, los ríos, las sonrisas.

Es por esos hombres, mis hermanos,
que otros hermanos traen panzas vacías,
se mueren de hambre ¡son calacas!
se mueren de frío ¡son cenizas!
Somos engranes de sus empresas,
fuimos tornillos o algunas tuercas.

¡Vamos, hermano, lucha y despierta!

terça-feira, julho 25, 2006

Arte: As posturas do Kamasutra em 3D

Esta exposição foi apresentada desde dia 15 de novembre de 2005 à 30 de maio de 2006 no Museu de Arte Moderna de Chambéry - França. Cada uma das obras representa uma posição do kamasutra, uma posição da sexualidade humana. O autor dessas esculturas, francês, nascido em 1963 nos Alpes, tem conservado esta coleção em seu atelier em segredo durante muito tempo. Para satisfação e prazer de todos, aceitou uma montagem fotográfica destas obras, com a condição de que sua tranquilidade pessoal não vinhesse alterada...

(clique no título e conheça o site das obras)

RadioHead - Fake Plastic Trees

Her green plastic watering can
For her fake Chinese rubber plant
In the fake plastic earth
That she bought from a rubber man
In a town full of rubber plans
To get rid of itself
It wears her out, it wears her out
It wears her out, it wears her out

She lives with a broken man
A cracked polystyrene man
Who just crumbles and burns
He used to do surgery
For girls in the eighties
But gravity always wins

It wears her out, it wears her out
It wears her out, it wears her out

She looks like the real thing
She tastes like the real thing
My fake plastic love
But I can't help the feeling
I could blow through the ceiling
If I just turn and run

It wears her out, it wears her out
It wears her out, it wears her out

If I could be who you wanted
If I could be who you wanted all the time

(clique no título e conheça a tradução)

segunda-feira, julho 24, 2006

domingo, julho 23, 2006

Dica de Livro: A Cura de Schopenhauer

" - Vou contar uma coisa - disse Julius - Anos atrás, em Xangai, estive numa catedral deserta. Sou ateu, mas gosto de conhecer lugares religiosos. Bem, dei uma volta na catedral, sentei no confessionário vazio e fiquei invejando o padre-confessor. Que poder ele tinha! Tentei dizer: "Você está perdoado meu filho, você está perdoado minha filha". Imaginei a enorme segurança dele por se considerar o elo do perdão que vinha direto do homem lá de cima. E como as minhas técnicas pareciam insignificantes em comparação com as dele. Mas depois que saí da catedral, concluí que pelo menos eu vivia de acordo com as normas da razão, e não tratava meus pacientes como crianças, transformando mitologia em realidade."

"Talvez não ser nada seja a melhor maneira de realmente ser alguma coisa." - Chuco

quarta-feira, julho 19, 2006

Waking Life

Em nossa visão de mundo contemporânea é fácil pensar que a ciência ocupou o lugar de Deus. Mas alguns problemas filosóficos ainda perturbam. Por exemplo, o livre-arbítrio. O problema existe desde Aristóteles, em 350 a.C. Sto. Agostinho e S.Tomás de Aquino também refletiram sobre como ter livre-arbítrio, se Deus sabe o que faremos. Sabemos hoje que o mundo obedece a leis físicas básicas que governam o comportamento de todo objeto no mundo. Como são fidedignas, permitem incríveis avanços tecnológicos.Mas somos um sistema físico.Um arranjo complexo de carbono e, principalmente água. Nosso comportamento não é exceção às leis físicas.Seja Deus organizando previamente e sabendo tudo ou as leis físicas no controle , não há lugar pra liberdade. Talvez queira ignorar a questão, o mistério do livre-arbítrio.Dizer: "é só um caso histórico. É frívolo. Uma pergunta sem resposta. Esqueça".Mas a pergunta não desaparecerá.Se pensar em individualidade quem você é se baseia nas escolhas que faz.Ou veja a responsabilidade.Só será responsável , declarado culpado, admirado, respeitado pelo que fez,ou seu livre-arbítrio fez.Portanto a questão volta, e não temos solução. Nossas decisões são um enigma. Veja como acontecem.Atividade elétrica no cérebro.Os neurônios enviam sinais ao sistema nervoso, que passa as fibras musculares.Elas se contraem.Você estica o braço.Parece uma ação livre sua, mas cada parte do processo é governada por leis físicas , químicas etc. Parece que o big bang definiu as condições iniciais e o resto da historia humana , é a reação de partículas subatômicas de acordo com as leis da Física. Pensamos que somos especiais que temos dignidade.Mas isso é ameaçado , desafiado por esta imagem. Diria: "E quanto a mecânica quântica? Sei muita teoria para saber que não é assim. É uma teoria de probabilidade. É inexata. Não deterministica. Isso nos permite entender o livre-arbítrio". Mas olhando os detalhes não serve , porque o que se tem são partículas quânticas de comportamento randômico. Elas se desviam. Seu comportamento é absurdo, imprevisível.Não podemos entende-los com base no que já aconteceu.Faz algo de repente ,age na estrutura de probabilidade.Isso ajuda? Nossa liberdade é questão de probabilidade? Um desvio aleatória num sistema caótico? Parece pior. Prefiro ser uma engrenagem numa maquina deterministica física do que desvio aleatório.Não podemos ignorar o problema.Devemos achar, em nossa visão de mundo, o espaço das pessoas.Não corpos mas pessoas.Devemos resolver o problema da liberdade, achar espaço para opção e responsabilidade e entender a individualidade.

Uma grande empresa - Silvia Curiati

Era uma empresa com problemas. Cabeça-dura e Coração-mole, funcionário e chefe respectivamente. O Coração dava as coordenadas e a Cabeça tinha como ordem trancá-las e seguí-las à risca.
Vez ou outra, a Cabeça tinha os seus momentos. Todo funcionário quer crescer dentro da empresa, claro. Ela tinha rompantes de luz e fazia tudo parecer muito mais simples, as soluções estavam ali, ao seu alcance, por breves segundos. Era quando a empresa parecia mais forte.
Mas o Coração não era coercível. Sua complacência durava pouco. Logo ele recobrava as forças e dominava novamente, com seus pensamentos ilógicos e imperfeitos, cheios de intuições e significados embutidos. Não tinha imparcialidade, característica importante a um governante. Mas era apaixonado, o que fazia todos os seus êxitos terem mais brilho.
Já houve dias em que, ausentando-se a Cabeça, o Coração chegava até mesmo a culpar-se pelos problemas que o envolviam, como se sua empresa, seu governo, fosse a causa da desgraça de outras. Nestes momentos soava o alarme de emergência e a Cabeça voltava correndo para injetar todos os seus argumentos (muito bons e verdadeiros, diga-se de passagem) na veia, dose única. Afetava toda a empresa, já que normalmente estes medicamentos são fortes e doloridos, por prometerem rápido efeito.
Se a Cabeça fosse chefe, seria ditadora. O Coração é um governante democrata. Cabeça-dura não houve nada além de sua voz, seria um soldado de defesa brilhante; Coração-mole é todo ouvidos, se deixa influenciar por todas as intempéries.
E esta é uma empresa falida, por ter problemas absolutamente sem solução. Ninguém está no poder, ninguém assume. Eu peço demissão antes que seja tarde demais.

segunda-feira, julho 17, 2006

Dança a la brasileira

(clique no título e conheça um site onde você poderá fazer sua banda funcionar a sua maneira. Clique no instrumento e ele tocará, clique de novo e ele se calará)

domingo, julho 16, 2006

O Relógio no Deserto - R. J. Riggins

Ok, então se você encontrasse um relógio no deserto, suporia que ele tinha se “construído espontaneamente” a si próprio a partir da areia do deserto e das rochas? É claro que não! Você suporia que o relógio foi feito, ou criado, por um relojoeiro habilidoso, e deixado cair ali por ele ou por outra pessoa. O relógio foi claramente projetado para um propósito muito específico, por alguém com grande perícia, que sabia de antemão exatamente o que queria. Portanto, quando encontramos algo projetado de forma tão perfeita como um animal vivo, também é completamente ridículo supor que isso se “construiu espontaneamente a si próprio”. Teve de ser concebido, em toda a sua perfeição, por algum grande projetista. A mera existência de relógios e animais bem concebidos é toda a prova que precisamos para concluir que ambos foram criados por alguém com infinitamente mais sabedoria do que as criações. Ambos, meramente pela sua existência, têm implícita a existência de um grande projetista ou criador. Os relógios não “evoluem simplesmente”, nem os animais (ou as pessoas); logo, a evolução é logicamente absurda (e, por extensão, qualquer pessoa que acredite nela é um idiota ilógico).
É mais ou menos assim que a analogia geralmente é apresentada. E parece bastante convincente à primeira vista. Imagino que algumas pessoas com inclinação para a evolução tenham ficado desconcertadas por esta analogia na primeira vez que a ouviram, não sabendo exatamente como responder nesse momento. Também aposto que alguns criacionistas vêem isto como uma pérola de lógica irrefutável que destrói completamente a evolução e todas as suas obras.
Mas espere um momento. Já que este argumento é apresentado sob a forma de uma analogia, vamos obrigar o criacionista a seguir a sua própria lógica e vejamos se a analogia se agüenta. Para uma analogia fazer algum sentido lógico, as duas coisas que estão sendo comparadas precisam de ter muito em comum, não apenas uma característica saliente. Por exemplo, quando estamos a considerar o funcionamento de uma coisa viva (como uma pessoa), muitas vezes é feita uma analogia com uma máquina complexa de algum tipo (como um relógio, mas um automóvel serve ainda melhor). Ambos precisam de combustível, ambos produzem calor e desperdícios, ambos se gastam com o passar do tempo, ambos transformam energia química em energia mecânica, ambos têm muitas partes pequenas, mas críticas etc. Mas a analogia do relógio no deserto não é sobre como as coisas funcionam. É sobre de onde elas vieram – ou realmente, como apareceram. E quando pensamos nisso, chegamos a algumas conclusões interessantes. Lembre-se, é suposto a analogia funcionar desta forma: assim como um relógio não se constrói espontaneamente e precisa ter um construtor que o fez exatamente como é, da mesma forma um animal não se pode construir espontaneamente e também precisa ter um construtor que o fez exatamente do modo como é presentemente.
Vamos começar por aqui: os relógios não apareceram simplesmente no mundo com a forma que têm agora! É um fato muito óbvio que eles evoluíram. Os primeiros instrumentos de medição do tempo eram muito primitivos, desajeitados e imprecisos. Eles melhoraram ao longo dos anos. Se nos pudermos referir a dispositivos de medição do tempo realmente antigos como sendo “fósseis”, então podemos mostrar uma seqüência de fósseis da evolução dos relógios desde algum momento obscuro no passado até as nossas maravilhas eletrônicas atuais. Atualmente, eles evoluem visivelmente de um ano para o seguinte. Os relojoeiros passaram por toda uma série evolutiva de relógios antes de alguém ter deixado cair descuidadamente um deles naquele deserto. Sendo assim, será que isto prova que o animal que encontramos no deserto foi criado na sua forma atual, sem mudanças significativas ao longo de muitas gerações? Será que me estou a esquecer de algo aqui?
Lembre-se, o debate é realmente sobre se a evolução ocorre, não é sobre se existe um criador por detrás dela. Um relojoeiro (a humanidade) desenvolveu (fez evoluir) lentamente a seqüência de dispositivos de medição do tempo. Talvez um Relojoeiro tenha desenvolvido (ou feito evoluir) a seqüência de coisas vivas – não encontrará qualquer argumento sobre isso aqui. Mas a evolução aconteceu em ambos os casos. A mensagem desse relógio perdido não é: “Apareci na minha perfeição atual, sem quaisquer ancestrais primitivos antes de mim.” É antes algo do gênero: “Estou na extremidade de uma longa cadeia de ancestrais que evoluíram lentamente, e os meus descendentes continuarão a mudar”.
Será que encontrar no deserto um relógio feito pelo homem mostra de algum modo que os animais foram criados nas suas formas atuais através de magia (ou milagres) há alguns milhares de anos? O que nos levaria a tirar essa conclusão? O relógio não foi criado por magia. De fato, foi criado por processos puramente naturais (por oposição a sobrenaturais). Se a criação do relógio é realmente análoga à criação de coisas vivas, então o que a analogia nos mostra é que a origem de ambos pode ser explicada por processos naturais.
A intervenção sobrenatural poderia ter sido responsável por qualquer deles ou por ambos, mas essa explicação certamente não é necessária para o relógio. Se obrigarmos o criacionista a seguir a lógica da sua própria analogia, então o que a analogia “prova”, se é que prova alguma coisa, é que “criações” bem concebidas podem ser produzidas naturalmente, em pequenos passos incrementais: não é necessária qualquer magia, muito obrigado.
“Mas, mas, mas...” insiste o criacionista, “o ponto da analogia é que coisas como relógios e animais não se constroem espontaneamente!” Bem, isso está parcialmente correto, e é aqui que a analogia deixa de funcionar. Qualquer analogia só pode ser esticada até um certo ponto. O automóvel deixa de ser análogo ao corpo humano quando começamos a falar sobre pensamento ou emoções. E os relógios deixam de ser análogos aos animais quando você começa a falar sobre como o item individual é construído. Os relógios, afinal, nunca dão à luz pequenos relógios bebês! Um relógio individual é evidentemente sempre construído por algo exterior a si mesmo (um relojoeiro humano, embora atualmente ser mais provável que sejam robôs industriais). Todos os animais que já vi construíram-se a si próprios, de forma muito literal! Eles assimilam matéria (geralmente) não viva dos seus meios, processam-na quimicamente e transformam-na em partes do animal vivo. No caso de mamíferos como nós, as nossas únicas partes que são diretamente feitas por outros são as células do espermatozóide e do óvulo que se unem e se subdividem nas nossas primeiras células. Depois disso, durante o resto das nossas vidas, assimilamos matéria do exterior e incorporamo-la nós próprios em partes do nosso corpo. Inicialmente, essa matéria nos é fornecida pela nossa mãe, mas ela não nos faz: apenas fornece a matéria prima. Nós absorvemo-la, manipulamo-la, construímo-nos a nós próprios, e vemo-nos livres daquilo que não precisamos.
Mas tudo bem, eu sei; a questão é o primeiro animal. Como é que ele poderia ter-se iniciado? Todos os animais atualmente vivos começam com pedaços de matéria já viva criada pelos seus progenitores. Químicos não-vivos não se montam espontaneamente, não criam moléculas ordenadas e complexas a partir de elementos simples. Será que não? Se o criacionista chegar a ponto de dizer isso, já revelou a sua ignorância básica sobre química simples. Elementos e moléculas simples combinam-se espontaneamente a todo momento para formarem moléculas mais complexas. Quando foi a última vez que você encontrou algum hidrogênio solto na Terra, ou flúor? Todo o hidrogênio combinou-se de forma espontânea com outros elementos para formar moléculas mais complexas. Se você libertar algum hidrogênio, este não vai ficar livre de combinações durante muito tempo. Os átomos de carbono, especialmente, têm uma tendência para [se combinarem e] formarem espontaneamente todo o tipo de moléculas complexas, que por sua vez combinam-se para formar polímeros muito complicados e megamoléculas. Algumas dessas combinações até são auto-replicantes [fazem cópias de si mesmas], se os materiais necessários estiverem disponíveis. Nós normalmente não vemos moléculas montando-se a si próprias para formar sistemas vivos, mas isso só teve de acontecer uma vez – daí em diante a tendência natural da vida tem sido manter-se a si própria, espalhar-se e evoluir. Quando descemos ao nível das moléculas, ou de pequenas coleções delas, a linha divisória entre o que é vivo e o que é não-vivo torna-se bastante indistinta. De fato, um dos critérios básicos usados na biologia moderna para distinguir sistemas complexos vivos e não-vivos é que sistemas realmente vivos têm a capacidade de evoluir à medida que se reproduzem.
Se estivermos inclinados para a idéia de um Criador, ele certamente pode ter arranjado essa primeira combinação improvável. Ele até pode ter dirigido toda a evolução desde então. Mais uma vez, o ponto da velha e estafada analogia do relógio no deserto era supostamente que a evolução não ocorre nem pode ter ocorrido. Mas os relógios evoluíram; não foram miraculosamente criados ex nihilo, e a sua incapacidade de se construírem a si mesmos nada tem a ver com a capacidade óbvia dos compostos químicos e coisas vivas se construírem a si mesmos a partir de matérias disponíveis. Então, explique lá novamente como é que encontrar um relógio de fabricação humana supostamente prova que os animais foram criados nas suas formas atuais?

“Contemplando a expressão de suave serenidade refletido no rosto da maioria dos mortos, parece que o fim de toda a atividade da vida seja um consolo para a força que a mantém.” Schopenhauer

sexta-feira, julho 14, 2006

Jogo: Trampolim

(clique no título e tente melhorar seus saltos)

quarta-feira, julho 05, 2006

A Balsa da "Medusa" - Jean Louis André Théodore Géricault. 1818-1819. Óleo sobre tela. 490 x 720 cm. Louvre, Paris, France

"Navegar é preciso, viver não é preciso” - Fernando Pessoa


Precisar. V.T. d. 1. Indicar com exatidão; particularizar, distinguir, especializar. 2. Ter precisão ou necessidade de; necessitar. 3. Citar ou mencionar especialmente. T. í. 4. Ter necessidade, carecer, necessitar. Int. 5. Ser pobre, necessitário. 6. Ter precisão ou necessidade. 7. Ser preciso ou necessário.

terça-feira, julho 04, 2006

Primeiro curta-metragem de Stanley Kubrick

Quase todos os filmes de Stanley Kubrick (1928-1999) ganharam distribuição em DVD no Brasil. Glória feita de sangue, O grande golpe e A morte passou por perto, feitos no início da carreira, entre 1955 e 1957, eram lacunas que já foram supridas. Mas ainda faltam algumas. O primeiro curta-metragem dirigido pelo mestre esteta, Day of the fight, chega agora à internet, disponível para download.
O site Movie City News oferece o link. Dá para baixar ou assistir em Quicktime. São dezesseis minutos de regozijo para os cinéfilos.
Rodado em 1950, quando Kubrick tinha 21 anos, o curta documenta um dia na vida do boxeador Walter Cartier, que culmina no seu embate contra Bobby James. A razão, a violência - e o contexto limítrofe que separa uma coisa da outra, até que a razão vire violência - tornariam-se temas frenquentes na antologia do cineasta.
(clique no título e conheça o site onde há o download)

sábado, julho 01, 2006

Filme: Waking Life


"O homem autodestrutivo sente-se
totalmente alienado e solitário.
Ele é um excluído da comunidade.
Ele diz para si mesmo:
"Eu devo estar louco" .
O que ele não percebe é que a
sociedade, assim como ele próprio...
tem um interesse em perdas
consideráveis, em catástrofes.
Guerras, fome, enchentes
atendem a necessidades bem-definidas.
O homem quer o caos.
Na verdade, ele precisa disso.
Depressão, conflitos, badernas,
assassinatos. Toda essa miséria.
Somos atraídos a esse estado quase
orgiástico gerado pela destruição.
Está em todos nós.
Nos deliciamos com isso.
A mídia forja um quadro triste,
pintando-as como tragédias humanas.
Mas a funcão da mídia não é
a de eliminar os males do mundo.
Ela nos induz a aceitar esses males
e a nos acostumarmos a viver com eles.
O sistema quer que sejamos
observadores passivos.
Você tem um fósforo?
Eles não nos deram qualquer outra
opção, à exceção do ato...
participativo ocasional e
puramente simbólico do "voto" .
Você prefere o fantoche da direita
ou o fantoche da esquerda?
É chegado o momento de eu projetar
minhas inadequações e insatisfações...
nos esquemas sociopolítico
e científico.
Deixar que minha própria falta
de voz seja ouvida."