terça-feira, fevereiro 27, 2007

Pantera - Walk




Cant you see Im easily bothered by persistence
One step from lashing out at you...
You want in to get under my skin
And call yourself a friend
Ive got more friends like you
What do I do?

(pre) is there no standard anymore?
What it takes, who I am, where Ive been
Belong
You cant be something youre not
Be yourself, by yourself
Stay away from me
A lesson learned in life
Known from the dawn of time

(chorus) respect, walk

Run your mouth when Im not around
Its easy to achieve
You cry to weak friends that sympathize
Can you hear the violins playing you song?
Those same friends tell me your every word

(pre)

(chorus)

Are you talking to me?
No way punk

Charles Bukowski: um pouco do velho safado








"Tudo bem, Deus, digamos que Você esteja mesmo aí. Foi Você que me colocou nesta. Você queria me testar. E que tal se eu O testasse? E que tal se eu dissesse que Você não está aí? Você já me expôs ao teste supremo me dando esses pais e estas espinhas. Acho que passei no Seu teste. Sou mais durão do que Você. Se Você tivesse coragem de descer aqui, agora, eu cuspiria na Sua cara, se é que Você tem cara. E Você caga? O padre nunca respondeu a essa questão. Ele nos disse para não duvidarmos. Duvidar do quê? Acho que você já passou doslimites comigo, por isso, desafio-O a descer até aqui para que eu possa aplicar o meu teste em Você!Esperei. Nada. Esperei por Deus. Esperei infinitamente. Acho que peguei no sono.
Deus é só mais um bundão!"

Brujeria - Revolución



Oygan o se chingan, no sean pendejos
Gobierno de Mexico ya vale madre
P.R.I. manda todo, son comunistas
Indios y pobres, no tienen chanzas
Donde estan todos los topos
En la selva ya estan
En la ciudad hay que comenzar
Hay que meterse en cada rincon
Cabrones del P.R.I. - comunismo
Despierten todos - revolucian
Con machetes - armanse
Ejercitos indios - zapatistas
Comandante Marcos - mandanos
Cubre tu cara - subterraneo
Son topos guerrilleros - revolucian
Son topos locos!!! - revolucian
Viva Zapata, Viva Chiapas
Viva Mexico, Viva la revolucian
No sean coyones - haganse hombres
Ya empezaron - hay que acabarlo
Quieren ser ratas or quieren ser hombres
Si no pa' ti - por tus hijos
Comunismo, satanismo, P.R.I.- es lo mismo

Gaiolas e asas - Rubem Alves

Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo "atacados" porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: "Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas".


Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças... E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações... Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra - e a domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres.

Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha com os tigres.

Nos tempos de minha infância, eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca e pisava no poleiro. E era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras e enfiava o bico entre os vãos. Na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguentado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.

Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas? Vão me falar sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos, tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?

O que os burocratas pressupõe sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.

Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é "dígrafo"? E os usos da partícula "se"? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante"? Qual a utilidade da palavra "mesóclise"? Pobres professoras, também engaioladas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: "Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira".

O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era "ferramenta" e "brinquedo" do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender "ferramentas", aprender "brinquedos".

"Ferramentas" são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. "Brinquedos" são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma.

Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo.

Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim todo professor, ao ensinar, teria de se perguntar: "Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?" Se não for, é melhor deixar de lado.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos.

Há esperança...

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Paranoid Android - Radiohead



Please could you stop the noise, I'm trying get some rest
From all the unborn chicken voices in my head
What's that...? (I may be paranoid, but not an android)
What's that...? (I may be paranoid, but not an android)

When I am king, you will be first against the wall
with your opinion which is of no consequence at all
What's that...? (I may be paranoid, but no android)
What's that...? (I may be paranoid, but no android)

Ambition makes you look pretty ugly
Kicking, squealing gucci little piggy
You don't remember
You don't remember
Why don't you remember my name?
Off with his head, man
Off with his head, man
Why don't you remember my name? I guess he does...

Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great height
From a great height... height...
Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great height
From a great height... height...
Rain down, rain down
Come on rain down on me

That's it sir
You're leaving
The crackle of pigskin
The dust and the screaming
The yuppies networking
The panic, the vomit
The panic, the vomit
God loves his children, God loves his children, yeah!

(tradução)

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Cinema - Bruno Braga

Entrou no cinema. Contou onze pessoas dentro daquela sala imensa. O vazio da grande maioria das cadeiras tornava possível ouvir cada sussurro e cada movimento da escassa platéia. Pensou como era engraçado a relatividade das coisas. Aquelas onze pessoas dentro do seu quarto num domingo à noite assistindo um filme qualquer na sua televisão de 29 polegadas, em meio a tantos papéis e roupas espalhadas pelo chão, seriam uma multidão. Naquela sala de cinema, porém, passavam quase despercebidas.

Havia dois casais, um grupo de três amigas, dois moleques que não pareciam ter mais de doze anos e mais duas pessoas sozinhas, assim como ele. Não tinha o costume de ir só pro cinema, mas queria muito ver o filme e não estava a fim de encontrar ninguém naquele dia. Não agüentava mais as mesmas pessoas, as mesmas conversas. Queria o escuro do cinema, a solidão de sua cadeira em meio a pessoas completamente estranhas. Precisava de um momento assim, pra ele mesmo.

Sentou-se atrás, na penúltima fileira. Como ainda tinha alguns minutos antes que começassem os trailers, se entreteve observando os outros expectadores. Um dos casais se agarrava intensamente, enquanto o outro trocava carícias mais contidas e risadinhas que demonstravam maior intimidade. Enquanto fitava o grupo de três amigas que falava sobre algo relacionado a roupas, foi pego de surpresa por uma nova integrante na rasa platéia. Ela sentou duas cadeiras ao seu lado. Encarou-a, mas ela não parecia notar sua presença. Não entendia como uma garota tão linda podia estar num cinema sozinha. Não era do tipo que anda sem namorado por aí.

No final do filme, ainda a encarava. Ela ainda sem dar nem sinal de retorno a sua tentativa frustrada de troca de olhares. Acenderam novamente as luzes, voltou a vê-la, seu perfil enquanto ajeitava os cabelos. Achava que se pode dizer muito de uma mulher pelo jeito como ela mexe nos cabelos. Ela mexia exatamente como ele prevera, sutil, delicada, indiferente, como quem não nota a presença de mais ninguém ao seu redor, porém segura e confiante. Não tirava os olhos dela. Depois de longo período que não tem idéia quanto durou ela, com os cabelos presos, devolveu-lhe o olhar por um único e breve momento. Não demorou mais que três segundos para ela voltar seu rosto pro outro lado, levantar-se e sair do cinema. Se ela me olhasse mais uma vez, uma única vez, se ao menos nota-se minha presença, pensou. Nada aconteceu. E, assim como chegou, saiu sozinho do cinema.

Lá fora, ela se perguntava o que ele fazia sozinho no cinema. Estava nervosa, com medo de ter parecido muito oferecida tendo sentado a duas cadeiras dele, tendo tantas outras livres na sala quase vazia. Já o tinha notado na fila para comprar o ingresso, seu jeito apreensivo, meio sem graça de estar sozinho numa fila de cinema. Por isso não resistiu de sentar perto dele. Não queria parecer oferecida. Apenas sentia que ele precisava de companhia, de alguém novo, desconhecido. Uma estranha. Na saída, ainda lançou um último olhar, na esperança de que ele fosse ao seu encontro, a notasse, e ela deixasse de ser uma estranha para ele. Nada aconteceu.

(conheçam os belos textos del Chuco clicando
aqui)

domingo, fevereiro 11, 2007

Buena Vista Social Club



De Alto Cedro voy para Macané
Llego al Puerto voy para Mayarí

El cariño que te tengo
Yo no lo puedo negar
Se me sale la babita
Yo no lo puedo evitar

Cuando Juanica y Chan Chan
En el mar cernían arena
Como sacudía el 'jibe'
A Chan Chan le daba pena

Limpia el camino de pajas
Que yo me quiero sentar
En aquel tronco que veo
Y así no puedo llegar

De Alto Cedro voy para Macané
Llego al Puerto voy para Mayarí

"Durante muitos anos, artistas cubanos da vanguarda ficaram no ostracismo; muitos deles sem tocar seus instrumentos por mais de 10 anos.
O produtor musical Ry Cooder, com a expectativa de encontrar artistas cubanos e reuni-los para a gravação de um disco, viajou até Havana em 1996. Entre os mais famosos, destacam-se Ibrahim Ferrer, Compay Segundo, Omara Portuondo, Eliades Ochoa e Rubén Gonzáles.
O título do disco, Buena Vista Social Club, é uma referência a uma antiga casa de shows cubana, que havia deixado de existir por volta dos anos 50.
O documentário mostra, a partir do retorno de Ry Cooder a Havana, em 1998, as histórias de vida dos músicos cubanos envolvidos no projeto e como o sucesso do disco Buena Vista Social Club, premiado com um Grammy, que se reflete nas apresentações dos artistas em Amsterdam (HOL) e no Carnegie Hall, em Nova Iorque (EUA), transformou a vida dessas pessoas."

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Chico Buarque - Construção



Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado

Monoface


(clique aqui e faça seu próprio rosto)

Propaganda da Axe


(clique aqui e use a pena da melhor forma)

Diferença entre homem e mulher no banho


How To Shower - Men & Women - video powered by Metacafe

Funny Sponge

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Amor e Loucura, juntos - Silvia Curiati

A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa.
Todos os convidados foram. Após tomarem café a Loucura propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
- 1, 2, 3, ... - a Loucura começou a contar.
A Pressa se escondeu primeiro, em um lugar qualquer.
A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A Alegria correu para o meio do jardim.
Já a Tristeza começou a chorar, pois não achava um local apropriado para se esconder.
A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele, debaixo de uma pedra.
O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove ...
- Cem, gritou a Loucura. Vou começar a procurar.
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não agüentava mais.
Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados iria se esconder.
E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou: - Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto.
A Loucura começou a procurá-lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer.
Procurando por todos os lados a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a vasculhar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito.
Era o Amor, que havia furado o olho com espinho. A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu seguir-lhe para sempre.
O Amor aceitou as desculpas.
Desde então, o Amor é cego e a Loucura sempre o acompanha...

domingo, fevereiro 04, 2007

Coldplay - Speed of Sound


How long, before I get in?
Before it starts, before I begin?
How long before you decide?
before I know what it feels like?

Where to, where do I go?
If you never try, then you'll never know
How long do I have to climb?
Up on the side of this mountain of mine?

Look up, I look up at night
Planets are moving at the speed of light
Climb up, up in the trees
Every chance you get is a chance you seize
How long am I gonna stand
With my head stuck under the sand?
I'll start before I can stop
Before I see things the right way up

All that noise and
all that sound
All those places I got found
And birds go flying at the speed of sound
To show you how it all began
Birds came flying from the underground
If you could see it, then you'll understand

Ideas that you'll never find
All the inventors could never design
The buildings that you put up
Japan and China all lit up
A sign that I couldn't read
Or the light that I couldn't see
Some things you have to believe
But others are puzzles, puzzling me

All that noise and all that sound
All those places I got found
And birds go flying at the speed of sound
To show you how it all began
Birds came flying from the underground
If you could see it, then you'd understand
Ah when you see it, then you'll understand

All those signs I knew what they meant
Some things you can't invent
Some get made and some get sent
And birds go flying at the speed of sound
To show you how it all began
Birds came flying from the underground
If you could see it, then you'd understand
Ah when you see it, then you'll understand