
(clique no título , depois em WATCH THIS MOVIE, e assista a animação sobre um certo Pé-grande)
Mais uma forma de expressão, sem pretensões e nada mais...
Estar com você, é não querer saber o que há la fora
When you were here before - Quando você estava aqui antes
O que seria do cinema sem os filmes de terror? Esse gênero encanta milhares de espectadores e os leva ao delírio com suas cenas eletrizantes. Porém, como já dizia a célebre frase “na natureza nada se cria...”, com o cinema não poderia ser diferente. Diante de tantos roteiros de filmes de terror, essas historinhas bizarras não poderiam escapar da velha maldição dos clichês.
Quem não se lembra da clássica máscara do assassino da série “Pânico” ou do mestre do massacre, Jason em “Sexta-feira 13” ? O fato é que, para um bom vilão de filme de terror, esse é um acessório indispensável!
Você sabe o quanto vale para alguém de acordo com a atenção ou o desprezo que este alguém tem por seus sentimentos. O que faz uma pessoa amar e desamar sem ter sequer provado do tal amor? Parece insano, mas existe. Eu diria que é fácil. É só transformar o primeiro amor em mentira, em brincadeira de criança. Daí o resto vira conseqüência natural e previsível. Mas não. Diz-se que era verdade, que não se brinca com este tipo de coisa. Foi muito denso, profundo e ao mesmo tempo muito volátil, pairando no céu, tocando estrelas, velejando com o vento, sonhando acordado, dormindo de manhã para passar a noite amando. De repente o que era tudo virou nada. O que era gostoso de falar, transformou-se em proibido, defeito que deve ser evitado a qualquer preço.Te quis, mas não te quero. Não posso te ver, não devo te ouvir, não quero saber da sua vida, esta que um dia me interessou. Te dei minha mão, mas a tomo de volta. Fui bonito ao teu lado, mas já sei quem sou e de você não preciso mais nada. Mesmo que não amasse a quem amo, não estaríamos juntos. Entende? E por que raios esta possibilidade foi cogitada em voz alta? Como é isso de adorar alguém, ter tanto carinho, e de repente fechar os olhos para que não encontrem os outros olhos?Fazia frio na cama, naquela última noite dos olhos fechados em pleno verão. O mesmo frio que fez nas outras vezes, apressadas. Pronto, tenho que ir embora que já está tarde. Havia interesse sim, muito. Unilateral. Ela se aproximava e ele, esquivando-se, veio dizer mais tarde que eles estavam distantes apesar de dividirem o mesmo lado da cama. Ela estava perto, ele não queria. Cada palavra que ele dizia acariciava sua pele nua, sem que nenhuma delas tivesse a intenção de tocá-la outra vez, não por ele. Ela o amou com todo o seu coração, e desde o dia em que descobriu que aquilo estava acontecendo lhe pediu por favor, não brinque com meus sentimentos. Você confia em mim? E ela segurou a sua mão, confiou cegamente com todo o seu corpo em alguém que pensava conhecer. Mas foi o desconhecido que a deixou. O desconhecido com suas lógicas inexplicáveis, com suas explicações ilógicas, sem dizer coisas normais e boas que seriam não gosto de você, não te acho interessante, não tenho vontade de te abraçar, você é pouco, não serve. Ao contrário, disse coisas ruins, ferinas, ainda sem justificar. Ele soube porque um dia a quis, e não pôde esclarecer mais nada que veio depois. Se ela continuava a mesma, o que haveria mudado? Saiu e apagou a luz. Tenho medo do escuro, ela lhe disse uma vez, ao que ele lhe pergunta até comigo? Não, claro que não, sorriu. Mas agora ela estava sozinha. No breu de um sonho que eles criaram a quatro mãos e ela só teria duas para desmontar. Demora mais, é muito dolorido, porque cada pedaço que ela arranca conta uma boa história, daquelas que fazem adormecer as crianças. E ela precisa deste sono, precisa ser embalada em um conto-de-fadas. Histórias reais são boas, mas não têm príncipe encantado falando no ouvido, cantando canções de ninar. Só que ele se foi para jamais voltar, assim ela entendeu. Ela quis acreditar que estariam juntos um dia, quem sabe, mas já não crê em nada. Em ninguém. No fundo acha que ele esqueceu de devolver seu coração quando se foi. Levou consigo a capacidade que ela tinha de amar outro príncipe menos encantado de um reino mais próximo, algum que já a ame. Está procurando tudo o que perdeu, e como é difícil encontrar!Na verdade, ela anda buscando a Deus naquele sonho, naquele quarto, naquele amor. Mas ainda está muito escuro.
Mandei-o embora de minha vida com um grito proporcional ao amor que eu sentia, sufocado, crescente, dolorido, agudo. Um grito clamando ser abafado por um beijo de "cale a boca", por um berro grave de "não é isso", um tapa na cara de "eu te quero". Como ele nunca veio, gritei de raiva. Ódio de toda a sua apatia, por dizer "eu te amo" e ouvir quase um "sinto muito" em retorno. Como se eu fosse miojo com ovos mexidos num jantar onde ele nem fome tinha. O grito saiu atrasado, muitos meses mais tarde do que deveria. Parecia noiva escolhendo o vestido, as flores, a música, os padrinhos, para somente longos e arrastados dias depois conseguir entrar na igreja. Uma preparação cansativa mas esperançosa, da qual ele não participou por não esperar nada, não acreditar em nada e acima de tudo não me entender.Fiquei sozinha dentro de uma ilusão, achando que as palavras de um dia teriam mais validade. Levei a sério palavras sem importância e tornei-me infeliz. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos... O Pequeno Príncipe. E daí a gente também corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar. É ruim amar... Atirei seus livros e discos longe para provocar alguma reação. Não os dele, mas os que ele havia me dado. Sei lá, mesmo com dor não consigo machucá-lo. Quero e não posso. Ele não se machucaria mesmo. Só nos machucamos quando o carrasco é alguém querido demais.O grito me deixou rouca com as mãos na face e cara de espanto. Havia cruzado a ponte para chegar mais perto e fui surpreendida pelo óbvio que eu me negava ver. Acreditei demais na minha intuição, por isso grito. Fora de minha vida, vá viver a sua! Não conquiste mais ninguém, porque você tem espinhos, precisa ser carregado por mãos mais brutas e menos carinhosas para sentir-se bem. Eu sou é maluca - já me disseram. Por que quis me cativar aquele dia?Mas a intuição vem de novo e por ela eu gritei sozinha. Ele não ouviu. Mas vai obedecer à ordem de minha voz triste assim mesmo, porque é sua vontade. E isso só me faz querer gritar mais para que ele não ouça, infinitas vezes. Aquele grito que ainda abriga o sussurro de "venha me calar, por favor". Antes que seja tarde e toda palavra adormeça.
Rubens é um dos grandes mestres da pintura barroca européia. Suas obras são a representação mais acabada da essência da arte do século XVII. Partindo do estudo dos mestres do cinquecento, o pintor flamengo conseguiu dar uma reviravolta definitiva na pintura, criando composições dinâmicas de uma intensa expressividade e de um evidente caráter hedonista, como demonstram seus voluptuosos nus. Sua vida tem sido uma das maiores preocupações dos historiadores da arte, porque não há documentação suficiente para se conhecer em detalhes sua biografia.
O pai de Rubens era senador na cidade de Antuérpia, mas por problemas de ordem confessional precisou mudar-se com a família para a cidade de Colônia, na Alemanha. Após a morte do marido, a viúva e os três filhos voltaram para a cidade belga. Lá, Rubens começou a ter aulas de pintura com o mestre Van Noort, um conhecido adepto da arte romana, e mais tarde com Tobias Verhaecht e Otto van Veen. Em 1598, o jovem pintor foi aceito na guilda de São Lucas. Entre os anos de 1600 e 1608 morou em Mântua, contratado pela família Gonzaga. Começou assim uma etapa muito importante para o artista flamengo.
Além de pintar, dedicou-se ao estudo dos mestres italianos que tanto admirava, principalmente Ticiano. Ao voltar foi nomeado representante diplomático e pintor oficial dos administradores do reino em Antuérpia. Em sua nova condição de funcionário do governo pôde construir uma grande casa com ateliê (projetado por ele mesmo). Pouco depois casou-se com aquela que seria sua primeira esposa, Isabella Brandt, filha de um conhecido humanista.São dessa época suas primeiras encomendas importantes: ilustrações dos novos missais (Missale Romanum) e os altares e cenas de caça para Maximiliano da Baviera (hoje na Pinacoteca de Munique). Para poder dar conta do volume de trabalho, Rubens precisou contratar vários colaboradores, entre eles o jovem Van Dyck e o paisagista Wildens. Ao mesmo tempo foram iniciados os vinte e cinco quadros do ciclo de Maria de Medici e os desenhos para os tapetes de Luís XIII. Por ocasião da morte da esposa em 1626, o ateliê passava por uma atividade febril. Da Espanha chegou um pedido para os tapetes do Convento das Descalças Reais de Madri, e da França, o pedido do ciclo de pinturas de Henrique IV.
Enquanto isso, Rubens viajava freqüentemente para a Inglaterra e à Espanha, devido ao seu cargo de representante diplomático da corte. O pintor flamengo foi um dos responsáveis pelo tratado de paz entre esses países nos anos de 1629 e 1630.Quando voltou para Antuérpia, casou-se com a jovem Hélène Fourment, que a partir desse momento se transformaria em personagem principal de todas as suas obras.O grande mestre do barroco morreu quando faltava pouco para terminar seus quadros para o castelo Torre da Parada de Filipe IV. Nas obras de Rubens estão refletidos sua grande força criadora e seu sentido hedonista da vida.
Suas composições são a sábia combinação da arte flamenga com a italiana. Nelas, a cor é tão importante quanto a modelagem naturalista dos corpos. No entanto, o pintor não busca uma beleza harmoniosa e tranqüila. Os parâmetros estéticos de Rubens são a opulência e o brilho, o volume como expressão máxima da sensualidade. Os temas, fossem eles religiosos, políticos ou alegóricos, eram tratados com o mesmo entusiasmo. Opinando sobre si mesmo, Rubens disse: "Meu talento é tão grande que, por mais difícil e impossível que um empreendimento possa parecer, ele jamais vai conseguir superar a confiança que tenho de que vou superá-lo".
20-20-20-4 hours to go
Chuva e calor. Camisa colada nas costas. Mofando no Fiat alugado. Bilhete amassado na mão: rua, número, academia de ginástica. Ali mesmo. Só esperar. Limpador de pára-brisa no máximo. Nhec, nhec, nhec. Sob o único poste aceso na quadra, pingos grossos estouravam no asfalto branco. Nhec, nhec. Lá vai ele, eu pensei, quando vi o carro saindo pelo estacionamento. Quando se afastou um pouco, fui atrás das lanternas vermelhas.
