"Como o tempo custa a passar quando a gente espera! Principalmente quando venta. Parece que o vento maneia o tempo e, sempre que acontece uma coisa importante, está ventando."
Erico V.
quinta-feira, dezembro 30, 2004
quarta-feira, dezembro 29, 2004
Bang Bang
Cenas da vida cotidiana:
"Como é que vamos discutir isso? Na faca, na bala ou na mão?"
Às 15:00h, no meio da rua, donos de barraquinha brigando por um espaço na calçada. Parecia tão simples, é como se o ofendido dissesse:
- Bala
E a resposta:
- Tudo bem, às 16:00h em frente a catedral. Uma única bala. Dois homens vão, um homem volta.
- Você acabou de assinar sua sentença de morte.
- É você quem pensa... HAHAHAHAHA
A vida não vale mais que um filme de cowboy.
The end
"Como é que vamos discutir isso? Na faca, na bala ou na mão?"
Às 15:00h, no meio da rua, donos de barraquinha brigando por um espaço na calçada. Parecia tão simples, é como se o ofendido dissesse:
- Bala
E a resposta:
- Tudo bem, às 16:00h em frente a catedral. Uma única bala. Dois homens vão, um homem volta.
- Você acabou de assinar sua sentença de morte.
- É você quem pensa... HAHAHAHAHA
A vida não vale mais que um filme de cowboy.
The end
Buraco na alma (Um problema difícil de aceitar)
É incrível, não podemos nos acostumar com as regalias da modernidade. Ou ter sempre, ou nunca ter: água encanada, luz, telefone, internet, tv a cabo, televisão, toca cd, dvd, videocassete, locadora, carro, bicicleta, óculos, lâmina de barbear, relógio, celular, ônibus, dinheiro, cartão de crédito, cheque, banco, praia, mulher, mulher que cozinha bem, despertador, vale refeição, vale transporte, 13º salário, dentista, oculista, ortopedista, dermatologista, clínico geral, fax, sanitário, chuveiro, papel higiênico, cama, lençol, travesseiro, ventilador, ar-condicionado, caneta, lápis, borracha, corretivo, carteira, bolso, cinto, sapato, meia, cueca, cadarço, números, botão, grafite, audição, olfato, tato, paladar, lentes de contato, gelágua, dedos, cabelo, pernas, braços, saúde, saída de emergência, cinema, teatro, sinal de trânsito, pontes, viaduto, asfalto, gasolina, óleo em geral, senha de acesso, papel, e-mail, orkut, MSN, academia, adrenalina, endorfina, cafeína, Nescau, leite, arroz e feijão, marmita, protocolo, sexo, amigos, namoradas, "ficas", esposas, filhos, família, prancha de surf, lixeira... Enfim, tudo aquilo que um dia tivemos e no momento em que nos falta, cria um buraco na alma.
segunda-feira, dezembro 27, 2004
The Severed Garden - Jim Morrison
"They are waiting to take us into
the severed garden
Do you know how pale & wanton thrillful
comes death on strange hour
unannounced, unplanned for
like a scaring over-friendly guest you've
brought to bed
Death makes angels of us all
& gives us wings
where we had shoulders
smooth as raven's
claws
No more money, no more fancy dress
This other Kingdom seems by far the best
until its other jaw reveals incest
& loose obedience to a vegetable law
I will not go
Prefer a Feast of Friends
To the Giant family"
Jim Morrison
ps: Aos que me lêem, quero essa música lida no meu funeral...
the severed garden
Do you know how pale & wanton thrillful
comes death on strange hour
unannounced, unplanned for
like a scaring over-friendly guest you've
brought to bed
Death makes angels of us all
& gives us wings
where we had shoulders
smooth as raven's
claws
No more money, no more fancy dress
This other Kingdom seems by far the best
until its other jaw reveals incest
& loose obedience to a vegetable law
I will not go
Prefer a Feast of Friends
To the Giant family"
Jim Morrison
ps: Aos que me lêem, quero essa música lida no meu funeral...
sexta-feira, dezembro 24, 2004
Annabel Lee - Edgar Allan Poe (tradução de Fernando Pessoa)
Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim estou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim estou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.
quinta-feira, dezembro 23, 2004
Os sinos - Edgar Allan Poe
I
Escuta: nos renós tilintam sinos
argentinos!
Ah! que de mundo de alegria o som cantante prenuncia!
Como tinem, lindo, lindo,
no ar da noite fria e bela!
Vão tinindo e o céu inteiro se constela,
florescente, refulgindo
com deleites cristalinos!
Dão ao Tempo uma cadência tão constante
como um rúnico descante,
com os tintinabulares, pequeninos sons, bem finos,
que nascendo vão dos sinos,
sim, dos sinos, sim, dos sinos,
saltitantes, bimbalhantes, dentre os sinos.
II
Escuta: em núpcias vão cantando os sinos,
áureos sinos!
Quantos mundos de ventura seu tanger nos prefigura!
No ar da noite, embalsamado,
como entoam seu enlevo abençoado!
Tons dourados, lentas notas
concordantes...
E tão límpido poema aí flutua
para as rolas que o escutam, divagantes,
vendo a lua!
Volumoso, vem das celas retumbantes
todo um jorro de eufonia
que se amplia,
"O futuro é belo e bom!"
- clama o som,
que arrebata, com em êxtases divinos,
no balanço repicante que lá soa,
que tão bem, tã bem ecoa
na vibrante voz dos sinos, sinos, sinos,
carrilhões e sinos, sinos,
no rimado, consonante som dos sinos.
III
Escuta: em longo alarma bradam sinos,
brônzeos sinos!
Ah! que história de agonia, turbulenta, se anuncia!
Treme a noite, com pavor,
quando os ouve em seu bramido assutador.
Tanto é o medo que, incapazes de falar,
se limitam a gritar,
em tons frouxos, desiguais,
clamorosos, apelando por clemência ao surdo fogo,
contendendo loucamente com o frenesi do fogo,
que se lança bem mais alto,
que em desejo audaz estua
de, no empenho resoluto de algum salto
(sim! agora ou nunca mais!),
alcançar a fronte pálida da lua!
Oh! os sinos, sinos, sinos!
De que lenda pavorosa, de alarmar,
falam tanto?
Clangorantes, ululantes, graves, finos,
quanto espanto vertem, quanto,
no fremente seio do ar!
E por eles bem a gente sabe - ouvindo
seu tinido,
seu bramido -
se o perigo é vindo ou findo.
Bem distintamente o ouvido reconhece
pela luta,
na disputa,
se o perigo morre ou cresce,
pela ampliante ou descrescente voz colérica dos sinos,
badalente voz dos sinos,
sim, dos sinos, sim, dos sinos,
do clamor e do clangor que vêm dos sinos!
IV
Escuta: drobram, lentamente, os sinos,
férreos sinos!
Ah! que mundo pensares tão solenes põem nos ares!
Na silente noite fria,
quando a alma se arrepia
à ameaça desse canto melancólico de espanto!
Pois em cada som saído
da garganta enferrujada
há um gemido!
E os sineiros (ah! essa gente
que, habitando o camapanário
solitário,
vai dobrando, badalando a redobrada
voz monótona e envolvente...),
quão ufanos ficam eles, quando vão
tombar pedras sobre o humano coração!
Nem mulher nem homem são,
nem são feras: nada mais
do que seres fantasmais.
E é seu Rei quem assim tange,
é quem tange, e dobra, e tange.
E reboa
triunfal, do sino, a loa!
E seu peito de ventura se intumesce
com os hinos funerários lá dos sinos;
dança, ulula, e bem parece
ter o Tempo num compasso tão constante
qual de rúnico descante,
pelos hinos lá dos sinos!
Ah! dos sinos!
Leva o Tempo num compasso tão constante
como em rúnico descante,
pela pulsação dos sinos,
a plangente voz dos sinos,
pelo soluçar dos sinos!
Leva o Tempo num compasso tão constante,
que a dobrar se sente, ovante,
bem feliz om esse rúnico descante,
com o reboar que vem dos sinos,
a gemente voz dos sinos,
o clamor que sai dos sinos,
a alucinação dos sinos,
o angustioso,
lamentoso, lutoso som dos sinos!
Escuta: nos renós tilintam sinos
argentinos!
Ah! que de mundo de alegria o som cantante prenuncia!
Como tinem, lindo, lindo,
no ar da noite fria e bela!
Vão tinindo e o céu inteiro se constela,
florescente, refulgindo
com deleites cristalinos!
Dão ao Tempo uma cadência tão constante
como um rúnico descante,
com os tintinabulares, pequeninos sons, bem finos,
que nascendo vão dos sinos,
sim, dos sinos, sim, dos sinos,
saltitantes, bimbalhantes, dentre os sinos.
II
Escuta: em núpcias vão cantando os sinos,
áureos sinos!
Quantos mundos de ventura seu tanger nos prefigura!
No ar da noite, embalsamado,
como entoam seu enlevo abençoado!
Tons dourados, lentas notas
concordantes...
E tão límpido poema aí flutua
para as rolas que o escutam, divagantes,
vendo a lua!
Volumoso, vem das celas retumbantes
todo um jorro de eufonia
que se amplia,
"O futuro é belo e bom!"
- clama o som,
que arrebata, com em êxtases divinos,
no balanço repicante que lá soa,
que tão bem, tã bem ecoa
na vibrante voz dos sinos, sinos, sinos,
carrilhões e sinos, sinos,
no rimado, consonante som dos sinos.
III
Escuta: em longo alarma bradam sinos,
brônzeos sinos!
Ah! que história de agonia, turbulenta, se anuncia!
Treme a noite, com pavor,
quando os ouve em seu bramido assutador.
Tanto é o medo que, incapazes de falar,
se limitam a gritar,
em tons frouxos, desiguais,
clamorosos, apelando por clemência ao surdo fogo,
contendendo loucamente com o frenesi do fogo,
que se lança bem mais alto,
que em desejo audaz estua
de, no empenho resoluto de algum salto
(sim! agora ou nunca mais!),
alcançar a fronte pálida da lua!
Oh! os sinos, sinos, sinos!
De que lenda pavorosa, de alarmar,
falam tanto?
Clangorantes, ululantes, graves, finos,
quanto espanto vertem, quanto,
no fremente seio do ar!
E por eles bem a gente sabe - ouvindo
seu tinido,
seu bramido -
se o perigo é vindo ou findo.
Bem distintamente o ouvido reconhece
pela luta,
na disputa,
se o perigo morre ou cresce,
pela ampliante ou descrescente voz colérica dos sinos,
badalente voz dos sinos,
sim, dos sinos, sim, dos sinos,
do clamor e do clangor que vêm dos sinos!
IV
Escuta: drobram, lentamente, os sinos,
férreos sinos!
Ah! que mundo pensares tão solenes põem nos ares!
Na silente noite fria,
quando a alma se arrepia
à ameaça desse canto melancólico de espanto!
Pois em cada som saído
da garganta enferrujada
há um gemido!
E os sineiros (ah! essa gente
que, habitando o camapanário
solitário,
vai dobrando, badalando a redobrada
voz monótona e envolvente...),
quão ufanos ficam eles, quando vão
tombar pedras sobre o humano coração!
Nem mulher nem homem são,
nem são feras: nada mais
do que seres fantasmais.
E é seu Rei quem assim tange,
é quem tange, e dobra, e tange.
E reboa
triunfal, do sino, a loa!
E seu peito de ventura se intumesce
com os hinos funerários lá dos sinos;
dança, ulula, e bem parece
ter o Tempo num compasso tão constante
qual de rúnico descante,
pelos hinos lá dos sinos!
Ah! dos sinos!
Leva o Tempo num compasso tão constante
como em rúnico descante,
pela pulsação dos sinos,
a plangente voz dos sinos,
pelo soluçar dos sinos!
Leva o Tempo num compasso tão constante,
que a dobrar se sente, ovante,
bem feliz om esse rúnico descante,
com o reboar que vem dos sinos,
a gemente voz dos sinos,
o clamor que sai dos sinos,
a alucinação dos sinos,
o angustioso,
lamentoso, lutoso som dos sinos!
quarta-feira, dezembro 22, 2004
Trabalhar ou Aborrecer-se - Arthur Schopenhauer
A necessidade imperiosa do homem é assegurar a existência, e feito isto, já sabe o que fazer. Portanto, depois disso, o homem se esforça para aliviar o peso da vida, torná-la agradável e menos sensível: “matar o tempo”, isto é, fugir ao aborrecimento. Livres da preocupação de assegurar a existência, e livres seus ombros de todo fardo moral ou material, eles mesmos constituem sua própria carga, e sentem-se felizes porque viveram uma hora desapercebida, embora isto significa que sua vida a qual se esforçam com tanto zelo para prolongá-la, ficou encurtada pelo mesmo espaço de tempo. O aborrecimento merece tê-lo em conta; ele se reflete na fisionomia. O aborrecimento é a origem do instinto social, porque faz com que os homens, que pouco se amam, se procurem e se relacionem. O Estado considerado como uma calamidade pública, e por prudência toma medidas para o combater. O aborrecimento como o seu extremo oposto, a fome, pode impelir o homem aos maiores desvarios; o povo precisa panem et circenses. Fundado na solidão e na inatividade, o rude sistema penitenciário de Filadélfia faz do aborrecimento um instrumento de suplício tão terrível, que mais de um condenado tem-se suicidado para fugir a ele. A miséria é sofrimento pungente do povo; o desgosto é para os favorecidos. Na vida civil, o domingo significa o tédio, e os seis dias, o desgosto.
A Tragicomédia de Nossa Vida - Arthur Schopenhauer
"Vista e examinada minuciosamente de alto e de longe, a vida de cada homem tem o aspecto de uma comédia; em sua total consideração ou em seus aspectos mais dignos de apreço, se apresentará como uma contemplação trágica. O afã e o trabalho de cada dia, os desejos e receios cotidianos, as desgraças de cada hora, os acasos da sorte sempre disposta a nos enganar são outras tantas cenas da comédia. As aspirações iludidas, as ilusões desfeitas, os esforços baldados, os erros que completam nossa vida, as dores que se acumulam até terminar na morte, o último ato, eis a tragédia. Parece que o destino quis juntar o escárnio ao desespero, e, fazendo de nossa vida uma tragédia, não nos permite conservar a dignidade de uma personagem trágica. Por isso é que em todos os atos da vida representamos o lamentável papel de cômicos."
ps: Quem nunca se percebeu na Náusea sartreana? Aqueles dias em que você se arrepende do momento em que abriu os olhos. Nota-se que ao invés de Sartre, preveri Schopenhauer. Ele sempre teve as melhores respostas as piores perguntas. É tragicômico...
ps: Quem nunca se percebeu na Náusea sartreana? Aqueles dias em que você se arrepende do momento em que abriu os olhos. Nota-se que ao invés de Sartre, preveri Schopenhauer. Ele sempre teve as melhores respostas as piores perguntas. É tragicômico...
terça-feira, dezembro 21, 2004
Mujeres - Bukowski
Me gustan los colores
de sus ropas,
su manera de andar,
la crueldad de algunos rostros
de vez en cuando
la belleza casi pura de una cara
total y encantadoramente femenina.
Están por encima de nosotros
planean mejor y se organizan mejor.
Mientras los hombres ven televisión
toman cervezas y juegan al béisbol,
ellas, las mujeres,
piensan en nosotros, concentrándose,
estudiando, decidiendo, si aceptarnos,
descartarnos, cambiarnos, matarnos o
simplemente abandonarnos.
Al final no importa
ya que hicieran lo que hicieran
acabamos locos y solos.
de sus ropas,
su manera de andar,
la crueldad de algunos rostros
de vez en cuando
la belleza casi pura de una cara
total y encantadoramente femenina.
Están por encima de nosotros
planean mejor y se organizan mejor.
Mientras los hombres ven televisión
toman cervezas y juegan al béisbol,
ellas, las mujeres,
piensan en nosotros, concentrándose,
estudiando, decidiendo, si aceptarnos,
descartarnos, cambiarnos, matarnos o
simplemente abandonarnos.
Al final no importa
ya que hicieran lo que hicieran
acabamos locos y solos.
segunda-feira, dezembro 20, 2004
Sé bueno - Bukowski
siempre se nos pide
entender el punto de vista de otra persona
sin importar
cuán anticuado
tonto
o
detestable sea.
se nos pide
ver
su más completo error
su vida desperdiciada
con
benevolencia,
especialmente
si son
ancianos.
pero la edad es la suma
de nuestro quehacer.
ellos han envejecido
equivocadamente
porque han vivido
fuera de foco,
se han rehusado a
ver.
que no es su culpa?
de quién entonces?
mía?
se me pide ocultar
mi punto de vista
de ellos
por miedo a su
miedo.
la edad no es un crimen
pero la vergüenza
de una vida
desperdiciada
deliberadamente
entre tantas
vidas
desperdiciadas
deliberadamente
lo es.
sexta-feira, dezembro 17, 2004
A busca poesia da mulher amada (II) - Vinicius
A mulher amada carrega o cetro, o seu fastígio
É máximo. A mulher amada é aquela que aponta para a noite
E de cujo seio surge a aurora. A mulher amada
É quem traça a curva do horizonte e dá linha ao movimento dos astros.
Não há solidão sem que sobrevenha a mulher amada
Em seu acúmen. A mulher amada é o padrão índigo da cúpula
E o elemento verde antagônico. A mulher amada
É o tempo passado no tempo presente no tempo futuro
No sem tempo. A mulher amada é o navio submerso
É o tempo submerso, é a montanha imersa em líquen.
É o mar, é o mar, é o mar a mulher amada
E sua ausência. Longe, no fundo plácido da noite
Outra coisa não é senão o seio da mulher amada
Que ilumina a cegueira dos homens. Alta, tranqüila e trágica
É essa que eu chamo pelo nome de mulher amada.
Nascitura. Nascitura da mulher amada
É a mulher amada. A mulher amada é a mulher amada é a mulher amada
É a mulher amada. Quem é que semeia o vento? – a mulher amada!
Quem colhe a tempestade? – a mulher amada!
Quem determina os meridianos? – a mulher amada!
Quem a misteriosa portadora de si mesma? A mulher amada.
Talvegue, estrela, petardo
Nada a não ser a mulher amada necessariamente amada
Quando! E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!
É máximo. A mulher amada é aquela que aponta para a noite
E de cujo seio surge a aurora. A mulher amada
É quem traça a curva do horizonte e dá linha ao movimento dos astros.
Não há solidão sem que sobrevenha a mulher amada
Em seu acúmen. A mulher amada é o padrão índigo da cúpula
E o elemento verde antagônico. A mulher amada
É o tempo passado no tempo presente no tempo futuro
No sem tempo. A mulher amada é o navio submerso
É o tempo submerso, é a montanha imersa em líquen.
É o mar, é o mar, é o mar a mulher amada
E sua ausência. Longe, no fundo plácido da noite
Outra coisa não é senão o seio da mulher amada
Que ilumina a cegueira dos homens. Alta, tranqüila e trágica
É essa que eu chamo pelo nome de mulher amada.
Nascitura. Nascitura da mulher amada
É a mulher amada. A mulher amada é a mulher amada é a mulher amada
É a mulher amada. Quem é que semeia o vento? – a mulher amada!
Quem colhe a tempestade? – a mulher amada!
Quem determina os meridianos? – a mulher amada!
Quem a misteriosa portadora de si mesma? A mulher amada.
Talvegue, estrela, petardo
Nada a não ser a mulher amada necessariamente amada
Quando! E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!
A busca poesia da mulher amada - Vinicius
Longe dos pescadores os rios infindáveis vão morrendo de sede lentamente...
Eles foram vistos caminhando de noite para o amor
– Oh, a mulher amada é como a fonte!
A mulher amada é como o pensamento do filósofo sofrendo
A mulher amada é como o lago dormindo no cerro perdido
Mas quem é essa misteriosa que é como um círio crepitando no peito?
Essa que tem olhos, lábios e dedos dentro da forma inexistente?
Pelo trigo a nascer nas campinas de sol a terra amorosa elevou a face pálida dos lírios
E os lavradores foram se mudando em príncipes de mãos finas e rostos transfigurados...
Oh, a mulher amada é como a onda sozinha correndo distante das praias
Pousada no fundo estará a estrela, e mais além...
Eles foram vistos caminhando de noite para o amor
– Oh, a mulher amada é como a fonte!
A mulher amada é como o pensamento do filósofo sofrendo
A mulher amada é como o lago dormindo no cerro perdido
Mas quem é essa misteriosa que é como um círio crepitando no peito?
Essa que tem olhos, lábios e dedos dentro da forma inexistente?
Pelo trigo a nascer nas campinas de sol a terra amorosa elevou a face pálida dos lírios
E os lavradores foram se mudando em príncipes de mãos finas e rostos transfigurados...
Oh, a mulher amada é como a onda sozinha correndo distante das praias
Pousada no fundo estará a estrela, e mais além...
quarta-feira, dezembro 15, 2004
Nota: desconexão de idéias
Embora possa parecer que minha postagem de ontem seja idealista e pretensiosa, não tenho a mínima intenção de propor a existência de almas ou de um suposto Deus que possa reger a tudo isso. Proponho um pensamento cientificista que nada convêm com possíveis verdades não vinculadas ao empirismo materialista. O que escrevi se relacionava a possível, mas não provável, existência de algo para além do acá. Grato, imaGina a quem, por poder abrir meus olhos por esse possível erro PARADOXAL que poderia vir a deixar minhas palavras totalmente sem nexo e contraditórias.
“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse”.
Friedrich Nietzsche
“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse”.
Friedrich Nietzsche
terça-feira, dezembro 14, 2004
Morte, o grande momento de nossas vidas
A metafísica materialista também vai permitir livrar a humanidade de um de seus maiores temores: o temor da morte. Os homens têm realmente medo da morte e fazem de tudo para evitá-la. Mas que temem nela? É precisamente o salto no absolutamente desconhecido. Não sabem o que os espera e receiam confusamente que terríveis sofrimentos lhes sejam infligidos, talvez em punição de seus atos terrestres. Os cristãos, por exemplo, imaginarão que qualquer um que tenha agido mal e não obteve o perdão de Deus irá assar nas chamas do inferno. O medo da morte está relacionado com as superstições religiosas de que a metafísica materialista nos liberta. Ademais, se tudo no universo é feito apenas de matéria, se nós, como todos os seres vivos, somos apenas nossos átomos que se separam, que se desagregam, é apenas nosso corpo que se decompõe, primeiro num ponto (o que está ferido ou doente), depois em todos. Por conseguinte, nada de nosso ser sobrevive, não há nada depois da morte, a morte não é nada para nós". Aqueles que pensam que a vida do corpo, o pensamento, a sensação, o movimento vêm da alma e que essa alma poderia sobreviver após a morte do corpo, eles estão errados. Pois a própria alma é feita de matéria, por certo mais sutil, quase invisível; mas se ela não passa de uma agregação de átomos, ela também se decompõe quando sobrevém a morte, e até, de acordo com a experiência mais comum, deve-se pensar que é a primeira a decompor-se pois que a morte se mostra imediatamente privada de vida, de sensação, de pensamento e de movimento, enquanto o resto do corpo ainda parece quase intato e levará alguns dias antes de começar a decompor-se. Falam-lhe, tocam-no, beliscam-no e ele não tem nenhuma reação, não manifesta nenhum sentimento....A morte se caracteriza bem, em primeiro lugar, pela ausência de sensação. Epicuro pode escrever:
Habitua-te com o pensamento de que a morte não é nada para nós, uma vez que só há bem e mal na sensação, e a morte é ausência de sensação.
De fato as sensações que temos de nosso corpo e, através dele, das coisas do mundo são a fonte de todo conhecimento, e também de todo o prazer e de toda dor, portanto o verdadeiro lugar de todo bem e de todo mal, já que o bem real é apenas o prazer e o mal, a dor. Podemos denominar o prazer de Epicuro como um sensualismo que fundamenta toda a vida interior na sensação. Como a morte é o desaparecimento das sensações, não pode haver nenhum sofrimento na morte, nem sobretudo depois da morte. Tampouco pode haver sobrevivência da consciência , do pensamento individual. Epicuro tem ainda esta bela frase;Assim, o mal que mais assusta, a morte, não é nada para nós, pois, quando existimos, a morte não está presente, e, quando a morte está presente, deixamos de existir.
Em conseqüência, posso viver, agir e aproveitar os prazeres da vida sem temer nenhuma punição depois, sem estragar minha vida angustiando-me com a idéia do que me espera. E, até sei doravante que é aqui e agora que tenho de ser feliz, nesta, vida, pois não tenho nenhuma outra. Minha felicidade na vida é um caso sério que não aguenta nenhuma espera. Tal é o ensinamento da sabedoria materialista.
É precisamente isso que se passaria por ocasião da morte: a alma deixa o corpo e para de proporcionar-lhe a vida. Mas ela mesma continua sua própria existência, daí em diante puramente espiritual. Essa concepção recentemente recebeu confirmações inesperadas, na forma de depoimentos referentes a experiências individuais, paradoxalmente tornadas possíveis graças aos progressos da medicina, que permitem trazer de volta à vida pessoas quase mortas. É verdade que esse retorno parece às vezes milagroso, nos casos em que a morte foi clinicamente constatada. Ora, de modo perturbador, esses sobreviventes narram todos praticamente a mesma coisa: viram o próprio corpo à distância, e os médicos se afobarem em volta dele, como se o espírito deles flutuasse na sala, como se fosse capaz de ver um modo diferente do que pelos olhos do corpo. Ouviam as conversas dos médicos, mas em compensação não sentiam dor corporal. A alma deles vivia portanto separada do corpo, exatamente igual ao que afirma a maior parte das religiões.
Habitua-te com o pensamento de que a morte não é nada para nós, uma vez que só há bem e mal na sensação, e a morte é ausência de sensação.
De fato as sensações que temos de nosso corpo e, através dele, das coisas do mundo são a fonte de todo conhecimento, e também de todo o prazer e de toda dor, portanto o verdadeiro lugar de todo bem e de todo mal, já que o bem real é apenas o prazer e o mal, a dor. Podemos denominar o prazer de Epicuro como um sensualismo que fundamenta toda a vida interior na sensação. Como a morte é o desaparecimento das sensações, não pode haver nenhum sofrimento na morte, nem sobretudo depois da morte. Tampouco pode haver sobrevivência da consciência , do pensamento individual. Epicuro tem ainda esta bela frase;Assim, o mal que mais assusta, a morte, não é nada para nós, pois, quando existimos, a morte não está presente, e, quando a morte está presente, deixamos de existir.
Em conseqüência, posso viver, agir e aproveitar os prazeres da vida sem temer nenhuma punição depois, sem estragar minha vida angustiando-me com a idéia do que me espera. E, até sei doravante que é aqui e agora que tenho de ser feliz, nesta, vida, pois não tenho nenhuma outra. Minha felicidade na vida é um caso sério que não aguenta nenhuma espera. Tal é o ensinamento da sabedoria materialista.
É precisamente isso que se passaria por ocasião da morte: a alma deixa o corpo e para de proporcionar-lhe a vida. Mas ela mesma continua sua própria existência, daí em diante puramente espiritual. Essa concepção recentemente recebeu confirmações inesperadas, na forma de depoimentos referentes a experiências individuais, paradoxalmente tornadas possíveis graças aos progressos da medicina, que permitem trazer de volta à vida pessoas quase mortas. É verdade que esse retorno parece às vezes milagroso, nos casos em que a morte foi clinicamente constatada. Ora, de modo perturbador, esses sobreviventes narram todos praticamente a mesma coisa: viram o próprio corpo à distância, e os médicos se afobarem em volta dele, como se o espírito deles flutuasse na sala, como se fosse capaz de ver um modo diferente do que pelos olhos do corpo. Ouviam as conversas dos médicos, mas em compensação não sentiam dor corporal. A alma deles vivia portanto separada do corpo, exatamente igual ao que afirma a maior parte das religiões.
segunda-feira, dezembro 13, 2004
"De onde vem à calma"
Los Hermanos
"De onde vem à calma daquele cara?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente
ele não sabe ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil
De onde vem o jeito tão sem defeito
que esse rapaz consegue fingir?
Olha esse sorriso tão indeciso
Está se exibindo pra solidão
Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão
Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só,
não vou ceder
Deus vai dar aval sim,
o mal vai ter fim
e no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim"
Em troca de um sorriso que, talvez, faça parte da metade verdadeira.
domingo, dezembro 12, 2004
Corpo são, mente sã.
Como é bom você dar tudo de si em prol de um propósito, seja lá qual for, do mais fútil ao mais honrroso. Seja toda a resenha da "Essência do Cristianismo" ou os 40 km de Fortaleza e Aquiraz... Uma noite resenhado teorias religiosas... Três horas pedalando desesperadamente pra chegar... Simplesmente chegar... Em um único objetivo. O fim. Corpo são, mente sã. Ufa.
quarta-feira, dezembro 08, 2004
Tautologia
Flash's do cotidiano:
"DEUS É INCRÍVEL"
Colado no vidro traseiro de um carro
ps: Dicionário Aurélio da língua portuguesa, INCRÍVEL.Adj. 2 g. 1. Que não se acredita; inacreditável 2. Difícil de se acreditar; inexplicável 3. Excêntrico, singular, estranho. S.M. 4. Aquilo em que não se pode crer.
O cotidiano é REALMENTE hilário...
Ou como diria Nietzsche, "Você diz que acredita na necessidade da religião. Seja sincero! Você acredita mesmo é na necessidade da polícia.”
Uma poeta vermelha e um capacho vazio
Fé e razão
Água e sabão
"DEUS É INCRÍVEL"
Colado no vidro traseiro de um carro
ps: Dicionário Aurélio da língua portuguesa, INCRÍVEL.Adj. 2 g. 1. Que não se acredita; inacreditável 2. Difícil de se acreditar; inexplicável 3. Excêntrico, singular, estranho. S.M. 4. Aquilo em que não se pode crer.
O cotidiano é REALMENTE hilário...
Ou como diria Nietzsche, "Você diz que acredita na necessidade da religião. Seja sincero! Você acredita mesmo é na necessidade da polícia.”
Uma poeta vermelha e um capacho vazio
Fé e razão
Água e sabão
Los Hermanos - Sentimental
"- O quanto eu te falei que isso vai mudar. Motivo eu nunca dei.
- Você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você, não vai
me livrar de viver ! Quem é mais sentimental que eu?!!...
- Eu disse e nem assim se pôde evitar. De tanto eu te falar você
subverteu o que era um sentimento e assim fez dele razão... pra
se perder no abismo que é pensar e sentir.
- Ela é mais sentimental que eu !!
- Então fica bem ...
- ... se eu sofro um pouco mais.
"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te
ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."
- Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
- Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir."
(sem disposição para dizer qualquer coisa... Deixa isso rolar até a paciência acabar)
- Você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você, não vai
me livrar de viver ! Quem é mais sentimental que eu?!!...
- Eu disse e nem assim se pôde evitar. De tanto eu te falar você
subverteu o que era um sentimento e assim fez dele razão... pra
se perder no abismo que é pensar e sentir.
- Ela é mais sentimental que eu !!
- Então fica bem ...
- ... se eu sofro um pouco mais.
"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te
ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."
- Eu só aceito a condição de ter você só pra mim.
- Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir."
(sem disposição para dizer qualquer coisa... Deixa isso rolar até a paciência acabar)
terça-feira, dezembro 07, 2004
A Genialidade da Multidão - Charles henry Bukowski
Há bastante deslealdade, ódio, violência,
Absurdo no ser humano comum
Para suprir qualquer exército em qualquer dia.
E O Melhor No Assassinato São Aqueles
Que Pregam Contra Ele.
E O Melhor No Ódio São Aqueles
Que Pregam AMOR
E O MELHOR NA GUERRA,FINALMENTE, SÃO AQUELES QUE
PREGAM...PAZ
Aqueles Que Pregam DEUS
PRECISAM de Deus
Aqueles Que Pregam PAZ
Não têm paz.
AQUELES QUE PREGAM AMOR
NÃO TÊM AMOR
CUIDADO COM OS PREGADORES
Cuidados com os Sabedores.
Cuidado
Com Aqueles Que
Estão SEMPRE
LENDO LIVROS
Cuidado Com Aqueles Que Detestam
Pobreza Ou Que São Orgulhosos Dela
CUIDADO Com Aqueles Que Elogiam Fácil
Porque Eles Precisam De ELOGIOS De Volta
CUIDADO Com Aqueles Que Censuram Fácil:
Eles Têm Medo Daquilo Que
Não Conhecem
Cuidado Com Aqueles Que Procuram Constantes
Multidões; Eles Não São Nada Sozinhos
Cuidado
Com O Homem Comum
Com A Mulher Comum
CUIDADO Com O Amor Deles
O Amor Deles É Comum, Procura
O Comum
Mas Há Genialidade Em Seu Ódio
Há Bastante Genialidade Em Seu
Ódio Para Matar Você, Para Matar
Qualquer Um.
Sem Esperar Solidão
Sem Entender Solidão
Eles Tentarão Destruir
Qualquer Coisa
Que Seja Diferente
Deles Mesmos
Incapazes
De Criar Arte
Eles Não Irão
Compreender Arte
Eles Vão Considerar Sua Falha
Como Criadores
Apenas Como Uma Falha
Do Mundo
Incapazes De Amar Completamente
Eles Vão ACREDITAR Que Seu Amor É
Incompleto
E ELES VÃO ODIAR
VOCÊ
E Seu Ódio Será Perfeito
Como Um Diamante Brilhante
Como Uma Faca
Como Uma Montanha
COMO UM TIGRE
COMO Cicuta
Sua Mais Fina
ARTE
Absurdo no ser humano comum
Para suprir qualquer exército em qualquer dia.
E O Melhor No Assassinato São Aqueles
Que Pregam Contra Ele.
E O Melhor No Ódio São Aqueles
Que Pregam AMOR
E O MELHOR NA GUERRA,FINALMENTE, SÃO AQUELES QUE
PREGAM...PAZ
Aqueles Que Pregam DEUS
PRECISAM de Deus
Aqueles Que Pregam PAZ
Não têm paz.
AQUELES QUE PREGAM AMOR
NÃO TÊM AMOR
CUIDADO COM OS PREGADORES
Cuidados com os Sabedores.
Cuidado
Com Aqueles Que
Estão SEMPRE
LENDO LIVROS
Cuidado Com Aqueles Que Detestam
Pobreza Ou Que São Orgulhosos Dela
CUIDADO Com Aqueles Que Elogiam Fácil
Porque Eles Precisam De ELOGIOS De Volta
CUIDADO Com Aqueles Que Censuram Fácil:
Eles Têm Medo Daquilo Que
Não Conhecem
Cuidado Com Aqueles Que Procuram Constantes
Multidões; Eles Não São Nada Sozinhos
Cuidado
Com O Homem Comum
Com A Mulher Comum
CUIDADO Com O Amor Deles
O Amor Deles É Comum, Procura
O Comum
Mas Há Genialidade Em Seu Ódio
Há Bastante Genialidade Em Seu
Ódio Para Matar Você, Para Matar
Qualquer Um.
Sem Esperar Solidão
Sem Entender Solidão
Eles Tentarão Destruir
Qualquer Coisa
Que Seja Diferente
Deles Mesmos
Incapazes
De Criar Arte
Eles Não Irão
Compreender Arte
Eles Vão Considerar Sua Falha
Como Criadores
Apenas Como Uma Falha
Do Mundo
Incapazes De Amar Completamente
Eles Vão ACREDITAR Que Seu Amor É
Incompleto
E ELES VÃO ODIAR
VOCÊ
E Seu Ódio Será Perfeito
Como Um Diamante Brilhante
Como Uma Faca
Como Uma Montanha
COMO UM TIGRE
COMO Cicuta
Sua Mais Fina
ARTE
Poesia de Graciliamos Ramos. Pintura de Picasso - halloween
Eu dou-me de presente todas as idéias
Só não me dou de presente à idéia do infinito
Eu não me acostumei em vida a justificar qualquer hierarquia
Não me acostumei a pensar a desigualdade
A relação do homem com o infinito não passa pelo campo do saber
O infinito é um desejo que se nutri de sua própria fome de... infinito
Eu? Um metafísico? De jeito nenhum.
Encanta-me os paradoxos, ou melhor, sou vítima dos paradoxos
Se eu levanto o punhal para assassiná-los, os paradoxos zombam de mim
Quanto mais zombam de mim, mas os admiro por sua inconsistência sedutora
Aaaahhh... Os paradoxos...
Eu tento corrigi-los
Ossos do ofício de quem foi um dia revisor de jornal
Só não me dou de presente à idéia do infinito
Eu não me acostumei em vida a justificar qualquer hierarquia
Não me acostumei a pensar a desigualdade
A relação do homem com o infinito não passa pelo campo do saber
O infinito é um desejo que se nutri de sua própria fome de... infinito
Eu? Um metafísico? De jeito nenhum.
Encanta-me os paradoxos, ou melhor, sou vítima dos paradoxos
Se eu levanto o punhal para assassiná-los, os paradoxos zombam de mim
Quanto mais zombam de mim, mas os admiro por sua inconsistência sedutora
Aaaahhh... Os paradoxos...
Eu tento corrigi-los
Ossos do ofício de quem foi um dia revisor de jornal
sexta-feira, dezembro 03, 2004
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