No meio das moedas de 5 e 10 centavos ele encontrou uma furada. Tratava-se de um anel, claro. Uma aliança.
Coube perfeitamente no seu dedo anular da mão esquerda. Há tempos ele não colocava nada em seu corpo, para não chamar atenção. No submundo há determinadas hierarquias também, e queria evitar ser roubado. Nem pensou em verificar se havia algum nome gravado na jóia. Não conhecia ninguém por nomes, mesmo. Os que possivelmente conhecera tornaram-se sombra em seu passado obscuro, depois que descobriu sofrer de amnésia.
Foi despertado durante o sono por um homem emocionado que falava muito, gesticulava todo o tempo, ora dirigindo-se a ele, ora à mulher que o acompanhava. Não soube como foi parar no carro do casal, só percebeu que não levaram junto o saco de juta com seus poucos pertences. Notou que a aliança estava nas mãos da mulher, que a examinava minuciosamente.
Chegaram a uma bela casa. Ele foi levado a uma suíte. O homem o deixou por uns minutos, voltando com roupas limpas e fotos antigas. Tomou um banho como há muito não fazia. Colocou as roupas limpas sem arriscar uma pergunta. Ficaram grandes e largas. O rapaz sentou-se e fez menção para que se aproximasse, comentando que ele parecia ter perdido peso.
No álbum de fotografias, havia um senhor. Mais jovem. Bonito, saudável. O rapaz estava ao seu lado, e vendo-os naquela posição, percebeu a semelhança que tinham um com o outro. Havia uma mulher de cabelos claros, também. Eram uma família.
Naquela noite, o rapaz acreditou encontrar seu pai dormindo em jornais e caixas de papelão. O reconhecera mais por necessidade e instinto que por semelhança. Foram 6 anos de busca sem sucesso. A aliança confirmava, com o nome de sua mãe gravado. Explicou-lhe toda a história.
Ele não acreditava pertencer àquela gente. Não reconhecia ninguém, não sentia nada. Nem a aliança era sua, não passava de uma esmola. Mas tinha amnésia, era fato. Talvez tudo fosse real, menos sua consciência. Soube que a senhora estava gravemente doente. Teria poucos meses de vida. Decidiu ficar, pelo sorriso que viu em seus lábios ao entrar em seu quarto.
Passaram-se 3 semanas, e ela faleceu. Ele não sabia viver aquela vida, não achava que fosse sua. Na mesma noite partiu, deixando a aliança e as roupas limpas sobre a mesma cama. Nunca mais souberam seu paradeiro.
Coube perfeitamente no seu dedo anular da mão esquerda. Há tempos ele não colocava nada em seu corpo, para não chamar atenção. No submundo há determinadas hierarquias também, e queria evitar ser roubado. Nem pensou em verificar se havia algum nome gravado na jóia. Não conhecia ninguém por nomes, mesmo. Os que possivelmente conhecera tornaram-se sombra em seu passado obscuro, depois que descobriu sofrer de amnésia.
Foi despertado durante o sono por um homem emocionado que falava muito, gesticulava todo o tempo, ora dirigindo-se a ele, ora à mulher que o acompanhava. Não soube como foi parar no carro do casal, só percebeu que não levaram junto o saco de juta com seus poucos pertences. Notou que a aliança estava nas mãos da mulher, que a examinava minuciosamente.
Chegaram a uma bela casa. Ele foi levado a uma suíte. O homem o deixou por uns minutos, voltando com roupas limpas e fotos antigas. Tomou um banho como há muito não fazia. Colocou as roupas limpas sem arriscar uma pergunta. Ficaram grandes e largas. O rapaz sentou-se e fez menção para que se aproximasse, comentando que ele parecia ter perdido peso.
No álbum de fotografias, havia um senhor. Mais jovem. Bonito, saudável. O rapaz estava ao seu lado, e vendo-os naquela posição, percebeu a semelhança que tinham um com o outro. Havia uma mulher de cabelos claros, também. Eram uma família.
Naquela noite, o rapaz acreditou encontrar seu pai dormindo em jornais e caixas de papelão. O reconhecera mais por necessidade e instinto que por semelhança. Foram 6 anos de busca sem sucesso. A aliança confirmava, com o nome de sua mãe gravado. Explicou-lhe toda a história.
Ele não acreditava pertencer àquela gente. Não reconhecia ninguém, não sentia nada. Nem a aliança era sua, não passava de uma esmola. Mas tinha amnésia, era fato. Talvez tudo fosse real, menos sua consciência. Soube que a senhora estava gravemente doente. Teria poucos meses de vida. Decidiu ficar, pelo sorriso que viu em seus lábios ao entrar em seu quarto.
Passaram-se 3 semanas, e ela faleceu. Ele não sabia viver aquela vida, não achava que fosse sua. Na mesma noite partiu, deixando a aliança e as roupas limpas sobre a mesma cama. Nunca mais souberam seu paradeiro.
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