"'Isso é a morte? Que morte?' - pensa ela docemente. Se de todos os países viessem para a sua cela os sábios, os filósofos, os carrascos, se pussesem diante dela os livros, escapelos, machados e forcas, e começassem a gritar que a morte não existe, que o homem morre e não existe imortalidade, todos eles se espantariam. Como não existe imortalidade, quando ela já era imortal? De que outra imortalidade, de que outra morte se poderia falar, quando ela já está morta e igualmente imortal, viva dentro da morte, como se fosse viva dentro da vida? Se pussesem dentro de sua cela, enchendo-a com sua podridão, um ataúde com o seu próprio cadáver putrefato, e dissessem: 'Olha! És tu!', ela olharia, respondendo: 'Não! Não sou eu.'"
segunda-feira, novembro 06, 2006
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