Felipe era um menino do bem, muito gente-boa. Ganhou um aquário quando completou 9 anos de idade. Enorme, daqueles que enchem os olhos, cheios de peixinhos coloridos de nomes estranhamente científicos.
Se apaixonou tanto pelo presente que todos os dias, durante aquele ano, passava as tardes numa loja de peixes estudando nadadeiras e movimentos, nomes e formas.
O dono do lugar, vendo isso, lhe ofereceu um emprego. Seria mais proveitoso do que tê-lo ali, à toa, zanzando pelos aquários como uma alma penada. E já que era um menino tão simpático, gente-boa, não haveria mal nenhum.
Felipe, então, trabalhava meio período. Ganhava em espécie. Um peixinho por mês.
Começou a achar que saía em desvantagem, já que um único peixinho não passava do preço de um saquinho de balas Chita. Ponderando a reclamação do funcionário-mirim, o patrão olhou Felipe nos olhos e, entregando-lhe um saco com um peixe grande quase imóvel, disse que pela sua dedicação, aquele mês ganharia um peixe raro grávido. Assim mesmo, peixe raro grávido. Era único na loja.
Não pareceu uma boa negociação ao menino, que entendeu ter de esperar mais um tempo para enxergar o tamanho real de seu salário.
Dias depois foi surpreendido com remuneração equivalente a 8 meses de trabalho. Com sua precoce visão para os negócios, pediu demissão e armou uma barraquinha em frente à sua casa, onde vendeu todos os 8 filhotes a um preço um pouco superior ao da concorrência, já que eram de espécie rara e não havia outros iguais na vizinhança. Claro, todos compravam de Felipe, não só por sua lábia de vendedor mas por ele ser um cara legal mesmo.
Com o dinheiro, comprou outros peixes grávidos com pinta de raros e montou um pequeno negócio, que lhe rendeu um lucro interessante em poucos meses.
Anos depois, fundou o primeiro Aquário de sua cidade, e para que a fórmula de sucesso fosse mantida, começou a provocar cruzamento de peixes com as mais diversas espécies animais, assim teria peixes raros e grávidos garantindo a longevidade do negócio. Foi preso acusado de práticas ilícitas de mutação gênica e terminou seus dias numa cadeia, perto do porto, cheirando a peixe, apesar de continuar sendo do bem e muito, muito gente-boa.
Se apaixonou tanto pelo presente que todos os dias, durante aquele ano, passava as tardes numa loja de peixes estudando nadadeiras e movimentos, nomes e formas.
O dono do lugar, vendo isso, lhe ofereceu um emprego. Seria mais proveitoso do que tê-lo ali, à toa, zanzando pelos aquários como uma alma penada. E já que era um menino tão simpático, gente-boa, não haveria mal nenhum.
Felipe, então, trabalhava meio período. Ganhava em espécie. Um peixinho por mês.
Começou a achar que saía em desvantagem, já que um único peixinho não passava do preço de um saquinho de balas Chita. Ponderando a reclamação do funcionário-mirim, o patrão olhou Felipe nos olhos e, entregando-lhe um saco com um peixe grande quase imóvel, disse que pela sua dedicação, aquele mês ganharia um peixe raro grávido. Assim mesmo, peixe raro grávido. Era único na loja.
Não pareceu uma boa negociação ao menino, que entendeu ter de esperar mais um tempo para enxergar o tamanho real de seu salário.
Dias depois foi surpreendido com remuneração equivalente a 8 meses de trabalho. Com sua precoce visão para os negócios, pediu demissão e armou uma barraquinha em frente à sua casa, onde vendeu todos os 8 filhotes a um preço um pouco superior ao da concorrência, já que eram de espécie rara e não havia outros iguais na vizinhança. Claro, todos compravam de Felipe, não só por sua lábia de vendedor mas por ele ser um cara legal mesmo.
Com o dinheiro, comprou outros peixes grávidos com pinta de raros e montou um pequeno negócio, que lhe rendeu um lucro interessante em poucos meses.
Anos depois, fundou o primeiro Aquário de sua cidade, e para que a fórmula de sucesso fosse mantida, começou a provocar cruzamento de peixes com as mais diversas espécies animais, assim teria peixes raros e grávidos garantindo a longevidade do negócio. Foi preso acusado de práticas ilícitas de mutação gênica e terminou seus dias numa cadeia, perto do porto, cheirando a peixe, apesar de continuar sendo do bem e muito, muito gente-boa.
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