terça-feira, fevereiro 01, 2005
"Homens convictos são prisioneiros" - Nietzsche
“Por que haverá alguém de envergonhar-se de seu corpo quando este é perfeitamente sadio e capaz de desempenhar as suas funções? Não seria verdade, porventura, que uns poucos neuróticos tivessem primeiro concebido a doutrina do pecado original para justificar as próprias neuroses e que todas as gerações subseqüentes de homens normais tivessem seguido pensadores anormais como estúpidos carneiros? Não era a nossa moralidade uma fraude? Não era a felicidade o desígnio da vida? A religião, longe de ser uma aceitação é uma negação da vida.” Nietzsche
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10 comentários:
É vero, vero, vero...Mas, na prática... rs
...a religião é mais uma aceitação da morte mesmo, contudo a fé... essa sim tem tanto a ver com vida, como com a morte.
Nda.
Tudo isso é pra justificar alguma espécie de tara? Quem é imoral é feliz?
Fernanda, descordo. A religião, antes de ser uma aceitação da morte é o próprio medo dela. Medo no sentido de não poder aceitar a vida como ela é. Com suas vindas e idas. Seu transcorrer. Então é criada uma fuga da realidade, um desespero de algo que nos possa retirar dessa realidade tão cruel que é a vida. E por isso fantasias são criadas para atenderem essa angústia. Contos, fábulas e religiões. Mas eu posso estar errado, por que Deus não existiria? É uma possibilidade, pouco provável na verdade, mas possível. Como diz um professor, Deus é incrível, quer dizer, nada crível.
Gina, uma tara? Sim, em tese. Agora se quem é imoral é mais feliz do que quem segue uma moral só lhe digo uma coisa: Você é livre seguindo essa moral ou preferia uma moral voltada ao homem? Seus desejos, amores, vontades e não contra tudo isso... Livre com suas limitações respeitando seus devidos limites. Onde começa um termina o outro. Bem conhecido, né?
Não, Thiago... já vi que a gente não vai se entender nunca quando o assunto for 'religião'(quase nunca há entendimentos nessa área mesmo, e por que haver, né?).
Olha, não faço aqui apologia à igreja, até pq tenho consciência crítica pra compreender todo o percurso porque qual passou a Igreja católica, e todos os efeitos que causou na História, enfim... meu olhar é noutra perspectiva, contudo não posso negar que sou mesmo espiritualista, não sou cética... creio sim.
Mas, com relação ao 'medo' da morte... Olha, pelo que sei, sempre houve um temor diante dos atos realizados aqui na terra, em prol de uma outra vida (a verdadeira)... então essa vida terrena é apenas uma passagem...nesse sentido, não existe um 'medo', sim uma aceitação realmente...
Ratifico: não sou católica praticante, nem me oriento de acordo com os dogmas, na verdade já consegui desconstruir quase todos os sacramentos pelos quais passei... rs Ainda restante, no entanto a 'extrema-unção', mas esse, definitivamente não dependerá de minha vontade...rs
Um beijo.
PS: discorri com tanta convicção, né? Coitada... mais uma 'prisioneira'!
Como Fernanda que pode haver uma aceitação se algo não empirico, fora desse mundo, tem que ser "criado"? A nossa realidade é essa... Passageira, não pra a verdadeira vida. A verdadeira é essa mesma. Com nossas falhas e erros. Por que não nos limitamos a ela mesma? A que estamos pagando? Ou a quem? Sei não, não considero pessoas religiosas mais inteligentes ou prisioneiras da fé, mas admiro as pessoas que entendem que a sua verdade não é universal.
As perguntas são:
1) Qual é o limite?
2) Quem tem o controle?
3) Por que que a gente não se basta?
1) Qual é o limite?
R. O limite é o que NÒS que estamos aqui devemos impor. O amor ao próximo. Boa parte do cristianismo, sem suas imposições: Amar ao próximo principalmente, sem fins glorificantes.
2) Quem tem o controle?
Nós mesmos. Basta saber onde aperta o sapato.
3) Por que que a gente não se basta?
Desespero, angústia, tédio, medo... Porque somos humanos inocentes. FIM
Thiago, tu é tão sabido.
''Só sei q nada sei'' ;)
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