domingo, janeiro 16, 2005


O jardim do amor Tendo ingressado no Jardim do Amor, Deparei-me com algo inusitado: Haviam construído uma Capela No meio, onde eu brincava no gramado. E ela estava fechada; "Tu não podes" Era a legenda sobre a porta escrita. Voltei-me então para o Jardim do Amor, Onde crescia tanta flor bonita, E recoberto o vi de sepulturas E lousas sepulcrais, em vez de flores; E em vestes negras e hediondas os padres faziam rondas, E atavam com nó espinhoso meus desejos e meu gozo.
(pintura, The Great Red Dragon & The Womam Clothed with the Sun - Willian Blake)

2 comentários:

Anônimo disse...

Muuuito lindo, gostei até mais das palavras do que da gravura, confesso... Blake é realmente muito forte, e chega a me assustar ...

Thiago Braga disse...

E é isso que tanto me fascina nele. O poder de fazer de fazer temer ao mesmo tempo em que me brilha aos olhos tamanha perfeição. Gosto muito do Blake literário, mas seus quadros são perfeitas obras de arte. Sem falar que sou suspeito de falar de qualquer forma de arte que cutuque a religião. Possuo toda sua pinacoteca e pretendo publicá-la o quanto cedo aqui.