sábado, janeiro 22, 2005
Dali
A relação de Salvador Dalí com a ciência ia além da maneira caricaturesca como pronunciava "ácido desoxirribonucleico". O encontro "Dalí, novas fronteiras da ciência, da arte e do pensamento" reúne em Figueres, na Espanha, um interessante painel de cientistas, artistas e pensadores internacionais que debatem em torno do território fronteiriço que relaciona a arte e a ciência. Dalí e sua obra são um ponto de referência inevitável. Jorge Wagensberg, professor de teoria de processos irreversíveis na Universidade de Barcelona e diretor do museu CosmoCaixa, que dirigiu há 19 anos no Museu Dalí de Figueres o encontro entre pensadores e cientistas "Processo ao acaso", está convencido de que Dalí tinha intuições científicas genuínas e, como ele mesmo, acreditava que a arte e a ciência vivem um período de aproximação. Wagensberg realizou a palestra inaugural do encontro, intitulada "Inteligibilidade e beleza". O físico afirma que só os maus cientistas se explicam com complexidade. "A verdade científica é a mais simples", afirma. Wagensberg diz que Dalí gozava de uma enorme intuição científica que lhe permitia chegar a conclusões científicas por um caminho diferente. "Por isso muitos cientistas o entendem melhor que muitos pintores", acrescentou, e deu como exemplo outros pintores que eram mais entendidos em outros campos, como Hooper nas escrituras ou Escher nas matemáticas.
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Um comentário:
Exato... exatamente isso... Dali era um gênio, dos mais complexos e completos! Esse trecho parece tirado de "Um Diário de um Gênio"...claro que não, pois esse foi, modestamente, autobiográfico, né? rs... eu tenho, vou me encontrar com dali de novo...
Ótimo texto, Thiago...
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