Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
quarta-feira, janeiro 05, 2005
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7 comentários:
Audácia!
Eu morrerei gordo e feliz... Se der tempo...
Se der tempo de ficar gordo ou de ser feliz?
Os dois (se bem que é mais fácil ficar gordo comendo alface).
E é possível ser feliz seguindo o mesmo raciocínio?
Os livos e o conhecimento fazem mal nesse sentido. Será que morar na ignorância é melhor? Se eu soubesse, não teria querer ter acordado da matrix e continuar na ilusão. O problema é não mais poder cuspir a pílula vermelha
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