Acordou com o despertador. Esperou aqueles dez minutos de praxe para levantar-se _ aqueles dez minutos que levamos para acostumarmo-nos com a idéia de que temos sim que levantar, muito embora ainda estejamos morrendo de sono. Depois só mais cinco minutinhos de preguiça, concedidos como recompensa antecipada pelo logo dia acordado que teria. Só então se levantou de vez. Nem se preocupou se o pé que havia pisado primeiro o chão havia sido o esquerdo ou o direito. Não era dado a superstições - bobagens simbólicas criadas e acreditadas por cabeças por demais imaginativas e necessitadas. Vazias? Não. Cheias dessas bobagens. Mas não era nisso que ele pensava agora enquanto escovava os dentes. Era isso que ele achava, era isso que carregava dentro de si junto a um monte de outros conceitos já formados sobre tudo, mas agora ele era só um homem com muito sono e a boca cheia de pasta na frente do espelho. Cuspiu, lavou o rosto, limpou com cuidado o canto dos olhos, se achou bonito, tomou o café que lhe fizeram, balbuciou quaisquer bons dias e foi tomar o ônibus.
Mal colocara o pé na calçada, o ônibus chegou. Ele quase pensou que estava com sorte, mas desanimou ao ver o quão lotada estava à condução. Tanta gente! Se esses não estivem esperado também quinze minutos a mais na cama teriam pegado o ônibus mais cedo e agora ele seria um ser feliz. Pegou o troco. Passou na roleta. Sentiu corpo de gente de perto. Suou com eles. Ouviu música ruim. Conseguiu uma vaga na janela. É, estava com sorte. E nem acredita em azar ou sorte.
Chegou, desceu, tropeçou, apanhou a moeda no chão, sorriu pro porteiro em resposta. Trabalhou o dia todo. Cansou-se, se questionou, deixou de besteira, se justificou, se conformou. Uma ponta de dor de cabeça. Quarenta gotas de analgésico. Passou. Fim de tarde foi-se embora, ele e o sol e o ônibus igual rumo ao destino _ sua casa, chegada que é a mesma largada. Chegou, descalçou, coçou, comeu e deitou. Se havia pensado em algo não se sabe, nem se há de saber: dispensou. Mais espelho e pasta nos dentes. Nenhuma preocupação em se achar bonito. Pra dormir? Antes de deitar-se, um copo d´água. Aproveitou a janela aberta e deu uma espiada no céu, viu que fazia lua cheia. Isso não o deslumbrou, nem o amedrontou. Ele apenas constatou. Depois cochilou, cochilou e dali a pouco estava dormindo pra tudo de novo. De novo, muito pouco ou nada. Era um adulto.
Mal colocara o pé na calçada, o ônibus chegou. Ele quase pensou que estava com sorte, mas desanimou ao ver o quão lotada estava à condução. Tanta gente! Se esses não estivem esperado também quinze minutos a mais na cama teriam pegado o ônibus mais cedo e agora ele seria um ser feliz. Pegou o troco. Passou na roleta. Sentiu corpo de gente de perto. Suou com eles. Ouviu música ruim. Conseguiu uma vaga na janela. É, estava com sorte. E nem acredita em azar ou sorte.
Chegou, desceu, tropeçou, apanhou a moeda no chão, sorriu pro porteiro em resposta. Trabalhou o dia todo. Cansou-se, se questionou, deixou de besteira, se justificou, se conformou. Uma ponta de dor de cabeça. Quarenta gotas de analgésico. Passou. Fim de tarde foi-se embora, ele e o sol e o ônibus igual rumo ao destino _ sua casa, chegada que é a mesma largada. Chegou, descalçou, coçou, comeu e deitou. Se havia pensado em algo não se sabe, nem se há de saber: dispensou. Mais espelho e pasta nos dentes. Nenhuma preocupação em se achar bonito. Pra dormir? Antes de deitar-se, um copo d´água. Aproveitou a janela aberta e deu uma espiada no céu, viu que fazia lua cheia. Isso não o deslumbrou, nem o amedrontou. Ele apenas constatou. Depois cochilou, cochilou e dali a pouco estava dormindo pra tudo de novo. De novo, muito pouco ou nada. Era um adulto.
2 comentários:
Q texto legal! :-P
Q menino legal esse do blog :-)
e isso que é ser adulto né.
bom texto.
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