quarta-feira, julho 27, 2005
terça-feira, julho 26, 2005
segunda-feira, julho 25, 2005
Onde a coração vence a mente!
sexta-feira, julho 22, 2005
Ócio e nada mais
(Nada pra fazer? Clique no título e veja uma mulher cair ad infinitun sem propósito algum)
quinta-feira, julho 21, 2005
quarta-feira, julho 20, 2005
Paciência – a virtude dos impotentes
Sempre me pareceu intrigante a razão pela qual normalmente diz-se que a paciência é uma virtude. Sem dúvida, ter paciência é algo que pode vir a tornar-se extremamente difícil, requerendo uma grande dose de disciplina e autocontrole. Não é da questão do valor do esforço que estamos falando, mas da paciência em si. Se alguém, por exemplo, possui um objetivo de longo prazo, e vai manipulando as muitas variáveis ao longo do tempo a fim de convergir seu destino ao ponto desejado, esse indivíduo poderia ser louvado como um bom administrador e um bom estrategista. Entretanto, não é óbvio que todas as assim chamadas “virtudes” de natureza passiva, como, neste caso, a paciência, assentam-se sobre o solo da impotência? Ora, a razão disso torna-se evidente para todo indivíduo que nisso pense por alguns minutos. Precisamos administrar nossa pequena força e convergi-la ao objetivo para irmos conquistando-o aos poucos, pois ela é pequena demais para conseguirmos alcançá-lo num só golpe. Neste caso, torna-se necessária a paciência e a perseverança como condições que são imperativas e imprescindíveis. Caso pudéssemos alcançar o objetivo visado de uma só vez, prontamente dispensaríamos a retórica da paciência. Ela só é necessária para os que não podem alcançar seu objetivo imediatamente e, em sua impotência, colocam na paciência a máscara de “virtude” para justificar e dourar sua falta de poder. O sofrimento que advém de sua impotência não tem nada de virtuoso, mas, para suportá-lo e para continuar perseguindo seus objetivos, precisa acreditar que tal perseverança e tal resistência não são reflexo de uma profunda impotência no momento imediato, mas sim de uma força grandiosa. Que enorme inversão!
Fonte: http://niilismo.ateus.net
segunda-feira, julho 18, 2005
sexta-feira, julho 15, 2005
O Mistério das Cousas - Fernando Pessoa
"O mistério das cousas, onde está ele? Onde está ele que não aparece. Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? Que sabe o rio disso e que sabe a árvore? E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso? Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,Rio como um regato que soa fresco numa pedra.
Porque o único sentido oculto das cousas. É elas não terem sentido oculto nenhum,É mais estranho do que todas as estranhezas. E do que os sonhos de todos os poetas. E os pensamentos de todos os filósofos, que as cousas sejam realmente o que parecem ser e não haja nada que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: As cousas não têm significação: têm existência. As cousas são o único sentido oculto das cousas."
Porque o único sentido oculto das cousas. É elas não terem sentido oculto nenhum,É mais estranho do que todas as estranhezas. E do que os sonhos de todos os poetas. E os pensamentos de todos os filósofos, que as cousas sejam realmente o que parecem ser e não haja nada que compreender.
Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos: As cousas não têm significação: têm existência. As cousas são o único sentido oculto das cousas."
O nonsense essencial
Até onde sabemos, a essência de todas as coisas é a sua própria existência. O ser, em si mesmo, não carrega qualquer razão, valor ou significado incrustado em seu âmago – portanto, tampouco nossas vidas. Fora dela própria, a vida não pode ser reconhecida como algo importante ou tampouco necessário. Estarmos aqui é fato puramente contingente, de modo que, se não estivermos olhando pela perspectiva humana – ou seja, despejando nossos juízos na realidade –, nada pode diferenciar uma pedra rolando montanha abaixo ou uma vida nascendo. Para o universo impessoal, externo a nós, à nossa realidade subjetiva, a vida não se distingue de um amontoado de átomos sem significado. Estarmos aqui, vivos e pensando, é algo totalmente vazio de qualquer significância objetiva. À parte isso, podemos fazer o que quisermos, decorar a existência com a roupagem que preferirmos. Podemos dizer que a vida é tudo; podemos dizer que a vida é nada; que é uma bênção com espinhos ou sem espinhos, que é uma maldição completa ou incompleta; podemos inventar regras para definir e julgar os seres; podemos importunar todos com teorias sobre como devemos nos comportar e no que devemos acreditar etc.; podemos gritar nossas opiniões ou permanecer calados. Nada disso despertará o interesse dos átomos; o mundo não procura nos imitar. Como humanos, o nonsense essencial consiste em acreditarmos naquilo que inventamos e fazer de conta que a realidade estava de férias quando decretamos a verdade absoluta.
Fonte: http://niilismo.ateus.net
quinta-feira, julho 14, 2005
terça-feira, julho 12, 2005
segunda-feira, julho 11, 2005
quarta-feira, julho 06, 2005
Sono... Muito sono: Das últimas 60h, dormi 2h. Incrível!!
segunda-feira, julho 04, 2005
sexta-feira, julho 01, 2005
Um dia como hoje...
"Tem dias que a gente se sente. Um pouco, talvez, menos gente. Um dia daqueles sem graça. De chuva cair na vidraça. Um dia qualquer sem pensar. Sentindo o futuro no ar. O ar, carregado sutil. Um dia de maio ou abril. Sem qualquer amigo do lado. Sozinho em silêncio calado. Com uma pergunta na alma. Por que nessa tarde tão calma. O tempo parece parado?" - As Profecias, Raul Seixas
Dias em que o melhor a fazer é continuar dormindo, tento a esperança que pelo menos esse dia não vai raiar. Nada de sol. Nada de café da manhã. Nada de "bons-dia". E só o que me resta escrever para quem me lê: (al)ninguém...
obra: Edward Gorey - Painted Devils
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